Com o fim da era dos movimentos sociais foi-se a energia moral da ousadia, diz Rudá Ricci

http://cooedubamundocao3.files.wordpress.com/2009/10/unaio_movimentos_sociais.jpgPara o sociólogo Rudá Ricci, os movimentos sociais se tornaram organizações sociais e “perderam a lógica anti-institucionalizante e o ideário comunitarista-cristão do final do século passado”. Ele defende que o neoliberalismo não é mais hegemônico. “Quem comanda o Brasil em termos programáticos é o que a ciência política denomina de social-liberalismo, muito distinto do neoliberalismo. (…) A velha política está reeditada. E, em grande parte, pelo lulismo, que criou a mais abrangente e bem sucedida coalizão presidencialista da história da república brasileira”. Na entrevista que concedeu para a IHU On-Line, por e-mail, Ricci considera que a dificuldade de quem defende a ampliação da participação da sociedade civil no Brasil é que não sabemos lidar com a chamada nova classe média. “Teremos que aprender. Inclusive as lideranças populares. Somos, enfim, a geração dos anos 80 e estamos lidando com um fenômeno sociológico que expressa o Brasil Potência do século XXI”.

Rudá Ricci formou-se em Ciências Sociais pela PUC-SP. Na Universidade Estadual de Campinas, realizou o mestrado em Ciência Política e o doutorado em Ciências Sociais. Atua como consultor no Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal e do Instituto de Desenvolvimento. É diretor do Instituto Cultiva e professor da Universidade Vale do Rio Verde e da PUC-Minas. Escreveu o livro Terra de Ninguém: sindicalismo rural e crise de representação (Campinas: Editora da Unicamp, 1999).

Confira a entrevista no IHU on-line. Link abrirá em uma nova janela ou aba.

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