O projeto inclusivo “Brasileirinhos em Nova York” completa um ano e comemora com um baile de carnaval gratuito para crianças de 2 a 5 anos, aberto à comunidade, na próxima semana. O programa pioneiro e totalmente inclusivo de promoção da língua portuguesa e cultura brasileira se expandiu para 5 locais da região e já conta com mais de 100 crianças contempladas.
A iniciativa atende a uma orientação do Ministério das Relações Exteriores de valorizar e promover ações junto à comunidade brasileira no exterior. “Além de ser frequentado por filhos de brasileiros dos mais variados níveis socio-econômicos residentes nos Estados Unidos, temos criança com síndrome de Down, autismo além de uma mãe surda, todos convivendo sem problemas”, conta a coordenadora do programa, Patricia Almeida, funcionária do Consulado-Geral do Brasil em Nova York.
Leia a seguir, entrevista com a Coordenadora do projeto.
Como o projeto começou e onde existe atualmente?
O projeto lançado pelo Consuldo-Geral do Brasil em Nova York “Brasileirinhos em Nova York” foi inspirado no programa “Música para Crianças”, do Professor da Universidade de Brasília, Ricardo Dourado, e nas atividades do Breacc, centro cultural em Londres que também tem programas para crianças brasileiras.
Mais tarde, descobrimos iniciativas parecidas em outros estados dos EUA, a maior delas é o Mães Brasileiras da Virgínia, que conta com mais de 300 inscritos na região de Washington DC.
O Brasileirinhos começou em fevereiro de 2009, na sede do Consulado em Manhattan. Depois disso o grupo de Manhattan passou a funcionar na biblioteca brasileira BEA – Brazil Endowment for the Arts, http://www.brasilianendowment.org/ e outros grupos surgiram com ou sem articulação do consulado.
O programa também atende a uma orientação do Itamaraty de valorizar e promover ações junto a comunidade brasileira no exterior. Na mesma linha, o Ministério enviou livros infantis doados pelo MEC à biblioteca brasileira de NY e está promovendo um concurso de desenhos infantis, voltado para filhos de imigrantes, “Brasileirinhos no mundo” com livros brasileiros como prêmio.
O “Brasileirinhos em Nova York” existe em 5 regiões de nossa jurisdição (um em Manhattan, um em Long Island, um em Westchester e 2 em Nova Jersey), em locais onde há maior concentração de brasileiros. Cada grupo segue as necessidades do local, e se desenvolve de acordo com a disponibilidade de recursos humanos e espaço disponíveis. Temos notícia de grupos que funcionam em casas de brasileiros, associações, bibliotecas, igrejas e templos.
A maioria das iniciativas é gratuita – algumas contratam professores/animadores brasileiros e o custo é dividido entre os participantes num esquema de cooperativa. É o caso do grupo de Westchester, o mais ativo, com aulas duas vezes por semana, de musicalização e pré-escola.
Qual o objetivo do programa?
Estimular o aprendizado do português e o conhecimento e valorização da cultura brasileira. É comum que imigrantes brasileiros, na ânsia de se inserirem na vida americana, encoragem seus filhos a falarem apenas inglês, inclusive dirigindo-se a eles nessa língua. Vemos isso diariamente no Consulado. O que muitas vezes esses pais não se dão conta é que dominio do português ajudará seu filho em sua vida profissional no futuro, além de pesquisas mostrarem que crianças bilingües desenvolvem mais o raciocínio e capacidade cognitiva. Há outro fator de ordem emocional que pesa muito. A pessoa que corta completamente sua relação com o país natal, seu e/ou dos pais, fica sem raízes e sentido de pertencimento. Ele não é americano porque não nasceu aqui, tampouco é brasileiro porque não conhece o país nem fala a língua. Vemos ainda mais uma vantagem no projeto. Notamos que, proporcionalmente ao número de imigrantes brasileiros na região de Nova York, não há muitas organizações que apóiem e lutem pelos interesses de nossos nacionais.
Esperamos despertar nesses brasileirinhos e em seus pais o espírito de comunidade, de ajuda mútua, tão importante, especialmente por aqueles que se encontram longe de suas famílias. E no futuro, quem sabe, os brasileiros estarão fortalecidos a ponto de serem inseridos na política nos Estados Unidos, a exemplo dos imigrantes de língua espanhola, que contam com Senadores e até Governadores que os representam, garantindo com isso mais benefícios para essa população.
Quantas crianças, aproximadamente, são atendidas pelo projeto e qual o perfil dos participantes?
Temos inscritas no consulado 70 crianças. Somados os outros grupos da área, estimamos que cerca de 150 crianças de 2 a 5 anos estejam sendo atendidas. Nessa fase o aprendizado do português se dá de forma mais natural, mas deve sempre ser reforçado em casa. Queremos atingir as crianças que ainda não ingressaram ainda na escola e, portanto, não começaram a imersão no inglês e cultura americana. Mais tarde vemos que isso é muito mais difícil. Por se tratar de um programa gratuito, o perfil dos participantes retrata a nossa comunidade, de nível sócio-econômico bastante variado.
Temos inclusive crianças com deficiência e uma mãe surda, uma verdadeira educação para a diversidade, de maneira natural. No Carvanal do ano passado, por exemplo, esta mãe surda nos ensinou o sinal em Libras para Carmem Miranda.
Como é feita a comunicação com a comunidade?
Os encontros são anunciados na página do Consulado, www.brazilny.org , temos um grupo de discussão no Yahoo Grupos http://br.groups.yahoo.com/group/brasileirinhos/ e alguns dos sub-grupos possuem páginas no Meet Up, um site muito usado aqui para marcar as reuniões. Estamos desenvolvendo um site com músicas, brincadeiras e estorinhas brasileiras para subsidiar os grupos.
Quais as metas do projeto?
Que as novas gerações de brasileiros nos Estados Unidos – e no resto do mundo – valorizem o Brasil, nossa cultura, falem português e transmitam essa herança para seus filhos e netos. É importante para a auto-estima e o bem-estar de qualquer pessoa saber quem é, de onde veio, e ter orgulho disso!
Para maiores informações, visite a página do Consulado-Geral do Brasil em Nova York:
http://pt.brazilny.org/index.php?/consulado/noticias_da_comunidade/proximo_brasileirinho_terca
Fonte: Equipe Inclusive
Music of Brazil
Herculano Federici, has been involved with Afro-Brazilian Music, Dance and Capoeira, since he was 18 years old . In 1981 he moved to New York City, and has performed with many different artists.
2006-2009
Community Word Project Teaching Artist Training & Internship Program
The Beacon University After School Program Artist in Residency
Young Minds Daycare Center @ Fort Greene Senior Citizens Council
After School Music Program
Teaching Artist in Residency at the Brooklyn Children’s Museum
Performed at the Museum of Natural History with Kimati Dinizulu for
The Annual Kwanza Celebration.
Recorded with Kimati Dinizulu at “AVATAR RECORDING STUDIOS”
Performed at the Westchester Arts Council Center in White Plains, NY.
After School Program Rhythm and Percussion Residency:
SCAN NY AT CES 58X (BRONX)
TASC AT COMMUNITY PARTNERSHIP CHARTER SCHOOL (BROOKLYN)
Untouchable Events: – Performed at Private Parties and Social Events
Capoeira Performing Arts Center: – Performed at Yale University, One World Arts and Culture Festival (Paramount Theater, Peekskill, NY) and The New Rochelle Library.
Performed at Public Schools. Played for Dance Classes at Djoniba African Dance Studios and Alvin Ailley Dance Center.
1981-2006
Recorded with Steve Turre and Paul Simon
Performed at La Guardia Community College, Hunter College, Yale University and with Winton Marsalis at Lincoln Center and the Apollo Theater in Harlem
Loremil Machado Afro Brazilian Dance Company; Empire Loisada Samba School; Ligia Barreto Dance Company; Jelon Vieira Dance Brazil; Brazilian Folies; Pe de Boi Band at Sounds of Brazil. Abada Capoeira NY, Kimati Dinizulu and the Kotoko Society, Saravah Brazil Dance Company
1978-1981
Studied Capoeira, Afro Brazilian Percussion, Folcloric music and dance, classical guitar, the banjo and the berimbau. Traveled and recorded with Marcos Sabino Band in Rio de Janeiro, Brazil.