Bradesco, Petrobras e Natura entre as 100 mais sustentáveis do mundo

Ilustração do mundo com pessoas de mãos dadas a sua volta

Ranking da revista canadense Corporate Knight, especializada em responsabilidade social empresarial coloca o Bradesco, a Petrobras e a Natura entre as 100 empresas mais sustentáveis do mundo. As corporações brasileiras ficaram respectivamente na 94ª, 96ª e 99ª posições.

Apresentada há uma semana em Davos, na Suíça, durante o Fórum de Líderes, a 6ª edição do ranking da Corporate Knight foi elaborada a partir das observações de um conselho de 17 especialistas em responsabilidade socioambiental e sustentabilidade, entre os quais o brasileiro Ricardo Young, presidente do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social.

Para chegar às melhores, os especialistas consideraram dez critérios técnicos observados nos relatórios oficiais das empresas, levando em conta variáveis como a emissões de CO2, eficiência energética, pagamento de impostos, a melhor relação entre a remuneração do executivo principal e dos trabalhadores, geração resíduos e a capacidade de inovação.

O ranking é formado por 24 países. O primeiro lugar ficou com o Reino Unido ( 21 empresas listadas), seguido pelos EUA (12), o bloco dos escandinavos (10), Austrália e Canadá (com 9 empresas cada) e Suíça (6).

As três corporações mais sustentáveis  foram a General Electric (EUA), a Pacific Gas & Electricity (EUA) e a empresa de logística Tnt Nv (Holanda). Pesou a favor da campeã GE, segundo os coordenadores do ranking, o baixo índice de produção de resíduos, a alta diversidade de gênero nos quadros de funcionários e a eficiência na redução das emissões.

É a primeira vez que empresas brasileiras são classificadas no Top 100. Contou pontos para o Bradesco a excelente relação entre produtividade e emissões de gases de efeito estufa, embora o banco tenha ficado em último lugar no item geração de resíduos, um dos critérios analisados.

Já a Petrobras demonstrou bom desempenho na eficiência energética de sua produção. E sua posição na tabela só não foi melhor graças à baixa diversidade de gênero no conselho de administração: dos oitos membros, apenas a presidente (Dilma Rousseff) é mulher.

Considerada nacionalmente um ícone da sustentabilidade empresarial, a Natura obteve o seu lugar na lista global por causa da clareza de seu relatório, feito rigorosamente sob os critérios do GRI (Global Reporting Initiative), modelo consagrado como o mais completo. Contra si, pesou o fato de não ter presença feminina no conselho de administração.

* Ricardo Voltolini é publisher da revista Ideia Socioambiental e diretor da consultoria Ideia Sustentável: Estratégia e Inteligência em Sustentabilidade

Fonte: Envolverde/Idéia Socioambiental

http://www.envolverde.com.br/

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