Ataques contra professores e alunos aumentam no mundo, diz Unesco

Relatório da agência da ONU mostra que só no Afeganistão o número de ataques quase triplicou entre 2007 e 2008, passando de 242 para 670 no período; outros dados seriam os espancamentos, prisões, torturas e ameaças realizadas por forças nacionais em diversos países, incluindo o Brasil.

Foto UNAMA: escola no Afeganistão.

Daniela Traldi, da Rádio ONU em Nova York*

Um novo relatório da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, revela que ataques políticos e ideológicos contra escolas, professores e alunos tem aumentado no mundo.

O estudo ‘Educação sob Ataque’, publicado pela primeira vez em 2007, mostra que as escolas são alvo sistemático, principalmente em países como Afeganistão, Paquistão, Índia e Tailândia.

Ataques

Só no Afeganistão o número de ataques quase triplicou entre 2007 e 2008, passando de 242 para 670 no período.

O relatório da Unesco também ressalta a violência sexual contra meninas e mulheres em áreas de conflito, como na República Democrática do Congo, Haiti, Indonésia e Iraque.

Outros dados apontados pelo documento são os espancamentos, prisões, torturas e ameaças realizadas por forças nacionais contra estudantes, professores e acadêmicos em diversos países, incluindo o Brasil.

O texto ressalta a ocupação de oito escolas municipais no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, entre maio e julho de 2007, por policiais armados.

Base

Segundo a Unesco, os locais foram usados como base para ataques contra traficantes de drogas, mobilizando 1,3 mil policiais civis e militares em áreas frequentadas por alunos.

O relatório cita ainda o uso desses mesmos locais como abrigos por grupos armados e um caso, em junho de 2008 no Rio Grande do Sul, quando escolas lideradas pelo Movimento dos Sem Terra foram fechadas pela polícia.

A Unesco diz que a prevenção de futuros ataques depende da compreensão dos motivos dessas ações, que estariam relacionadas a revanches por assassinatos, silenciar defensores dos direitos humanos, minar o controle do governo e impedir a educação de meninas.

*Apresentação: Eduardo Costa Mendonça, da Rádio ONU em Nova York

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Fonte:
UN Multimedia

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