Grafite: arte de rua

Por Pâmela Trindade *

A arte é algo que nos acompanha há muitos séculos, está presente há várias gerações. A vontade que o ser humano tem de se expressar é tão grande que ele foi capaz de transformar coisas inimagináveis em algo “real”, através de histórias, poemas, esculturas, pinturas e tantas outras. Hoje, existe uma arte em especial, diferente, que causa admiração e polêmica na sociedade: o grafite.

Se você, alguma vez, andou distraído e por alguns instantes se deu conta de que estava observando uma parede e de repente notou que aquela não era apenas uma “simples parede”, e sim, um quadro, usado para desenhar, pintar, ilustrar, dar vida à imaginação, então, com certeza, já presenciou o feito de um grande artista: o grafiteiro!

Alguns anos atrás, essa arte era vista como um ato de vandalismo. Achavam que era apenas mais uma forma para jovens “sem cultura” mostrarem sua revolta ao mundo! Até hoje, algumas pessoas pensam assim! Particularmente discordo dessa opinião!
O grafite vem ganhando espaço na sociedade. Hoje ele é culturalmente reconhecido, venceu barreiras, derrubou o preconceito, ajudou jovens a saírem das ruas, provou que a criatividade e a imaginação não têm limites.

Grafiteiros do mundo inteiro têm um dom mais do que admirável, afinal, poucas pessoas conseguem olhar um espaço vazio e transformá-lo em um mundo de cores e tons diferentes, formando figuras e formas extraordinárias.

Algumas pessoas se confundem e insistem em dizer que “grafite é pichação”. Estão enganadas! A pichação é um ato “impensado” de vários jovens, que por motivos incompreensíveis, às vezes, não cansam de “rabiscar” coisas sem sentido nas paredes das nossas cidades, seja para “marcar território” ou simplesmente conseguir popularidade entre os amigos adolescentes, que acham por algum motivo que pichar é “legal”.
Acredito que estes são jovens que não têm uma estrutura familiar sadia, educação e que, de certo modo, não conseguiram seu espaço na sociedade como merecem.

Então, para melhores esclarecimentos: “grafite é arte, pichação é vandalismo”. Além disso, existe também a questão do preconceito, afinal, o grafite surgiu na cultura hip hop, um estilo musical de origem nas periferias americanas e que, infelizmente, não é bem visto e até hoje sofre com a exclusão. Mas nada disso abalou os grafiteiros, que ainda levam sua arte pelas ruas das cidades, sem se importar com opiniões contrárias.
O que mais se admira é a capacidade que o grafite possui em unir pessoas de todas as idades, etnias, culturas e até classes sociais. Este é o grafite, a arte de rua levada pelas comunidades, que cresce cada dia mais.
* Aluna da 2ª série do ensino médio da Escola Técnica Estadual Monteiro Lobato – Cimol de Taquara

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Fonte: Panorama 35

2 Comments

  1. Você não pode generalizar dizendo que a pichação é um rebisco sem sentido. A não ser que você que escreveu faça pichação, ai você vai poder dizer sobre aquilo que você fez.

  2. PICHAÇÃO É UMA FORMA DE MANISFESTAMENTO, ASSIM COMO O GRAFITE, NÃO É PORQUE O GREFITE SÃO DESENHOS BONITOS E COLORIDOS QUE VOCÊ CONSEGUE TER UM TIPO DE COMPREENSÃO. A PICHAÇÃO TAMBEM É UMA FORMA DE ARTE.
    (A pichação é um ato “impensado” de vários jovens, que por motivos incompreensíveis, às vezes, não cansam de “rabiscar” coisas sem sentido nas paredes das nossas cidades, seja para “marcar território” ou simplesmente conseguir popularidade entre os amigos adolescentes, que acham por algum motivo que pichar é “legal”.)

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