Na Bahia, encontro de professores estaduais discute educação inclusiva

Duzentos e cinqüenta profissionais da Educação Especial participaram, na quarta-feira (7), das 8h às 17h, no Instituto Anísio Teixeira, em Salvador, de um encontro promovido pela Secretaria da Educação da Bahia, para discutir a Educação Especial na perspectiva da educação inclusiva.

A intenção é de oportunizar um debate sobre as competências e as ações da Educação Especial oferecida nas escolas públicas, por meio das salas de recursos multifuncionais, e nos centros e instituições que se dedicam a atender pessoas com deficiência no estado.

Atualmente, a rede estadual de educação da Bahia já tem mais de 33 mil alunos com necessidades educacionais especiais estudando em escolas regulares. A maioria desses estudantes está incluída em turmas regulares e recebe, em outro turno, o Atendimento Educacional Especializado oferecido nas salas de recursos multifuncionais, instaladas dentro das próprias escolas, e nos Centros de Apoio Pedagógico.

Para o coordenador de Educação Especial da secretaria, João Prazeres, “esse quantitativo é a prova de que as pessoas com deficiência, os familiares e a sociedade estão começando a acreditar em nossa escola”. Ao frequentar as salas multifuncionais e os Centros de Apoio Pedagógico, onde contam com professores e equipamentos especializados, estudantes surdos, cegos, com deficiência intelectual e outras, acompanham, com êxito, as aulas na classe de ensino regular e fazem jus à política de inclusão formalizada no Brasil pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394/96. Esses equipamentos contribuem para complementar ou suplementar a formação do aluno, com vistas à autonomia e à independência na escola e fora dela.

Novas salas
Para ampliar o atendimento, o Estado prevê que, até o final deste ano, mais cinco Centros de Apoio Pedagógico e mais 333 salas de recursos multifuncionais sejam inaugurados em municípios do interior e na capital.

Além do aparelhamento, a capacitação dos professores da rede é tida como essencial para garantir a boa qualidade das aulas e do assessoramento para os estudantes com deficiência. Aproximadamente 1.700 professores das escolas e dos centros estão participando de cursos de formação continuada desde o início do ano.

“Um dos maiores desafios para a educação inclusiva diz respeito, justamente, à mobilização do professor, com o objetivo de que ele reveja e a recrie suas práticas e que entendam as novas possibilidades educativas”, explica Prazeres, ressaltando ainda que parcerias com as universidades e com as secretarias estaduais da Saúde, do Trabalho, da Justiça e da Ação Social são imprescindíveis para promover o encadeamento de ações que não fiquem estanques em seus ambientes. “A intersetorialidade é fundamental para a efetivação da inclusão”.
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Fonte: AGECOM/Gov. Bahia

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