Ao anunciar o Brasil como país que sediaria a Copa do Mundo de 2014, o presidente da FIFA, Joseph Blatter, disse ter ficado impressionado com a postura brasileira em discutir temas do mundo atual, como ecologia e sustentabilidade. Dentro deste contexto, outro tema aparece na agenda do Comitê Organizador da Copa e também começa a ser discutido: a acessibilidade.
Representantes do Comitê Organizador já iniciaram conversas com o presidente do Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB). O objetivo é traçar uma agenda de metas para oferecer ótimas condições aos deficientes, idosos e até mesmo aos cidadãos que sofrem algum tipo de lesão e ficam impossibilitados de se locomoverem normalmente.
Para Andrew Parsons, presidente do CPB, esta disposição do Comitê Organizador em discutir um tema tão delicado sinaliza que o Brasil quer mostrar pioneirismo na Copa de 2014.
– Jamais houve uma cooperação tão grande entre um comitê organizador e um comitê paraolímpico do país que sedia a Copa. Sentimos-nos lisonjeados com esta procura. É um momento crucial, pois estamos discutindo a criação de normas técnicas de acessibilidade para eventos esportivos no Brasil. Existe uma parcela muito grande da população interessada, composta por deficientes físicos, idosos, pessoas obesas e que se recuperam de lesões. Estas pessoas são consumidoras e estão sendo tratadas como cidadãs – lembra Parsons.
Mais do que a discussão de acessibilidade na Copa do Mundo, o presidente do CPB enxerga o Mundial como a possibilidade de deixar um legado de acessibilidade para as gerações futuras, visto que a competição em 2014 pode servir como um marco.
– É importante que uma Copa do Mundo trate de temas como este, pois um grande evento sempre deixa marcas. Podemos criar, a partir da Copa, uma cultura de acessibilidade, um conceito de arquitetura que leve esta questão em consideração, educando o país. Estamos felizes em dar um passo concreto neste sentido e sairmos da discussão para a ação.
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Fonte: Turismo Adaptado