Por Patricia Almeida
A cada novo vestibular vem aumentando o número de jovens com síndrome de Down que entram no ensino superior, o que muitos imaginavam impossível há poucos anos. No Brasil, tenho notícia de mais de 70 (lista abaixo).
Débora Seabra, do Rio Grande do Norte, foi a pioneira. Em 2004 tornou-se a primeira professora habilitada a dar aulas na América do Sul. Ana Carolina Fruit, de Joinville, se formou em Pedagogia e também fez especialização. Outra que quis trabalhar com educação foi Erica Nublat, de Brasília.
Alguns rapazes preferiram Educação Física, como João Vitor Silverio de Curitiba, Humberto Suassuna de Recife e Bruno Knigel, de São Paulo. Outros escolheram artes, moda, história, geografia, turismo, gastronomia… Jessica Figueiredo, de Brasília, passou para três vestibulares esse ano! Escolheu o curso de fotografia.
Mais do que um rito de passagem, o sucesso acadêmico destes jovens, ao mesmo tempo que traz uma onda de otimismo e euforia para familiares e professores – e os próprios alunos com síndrome de Down – reforça duas certezas que nós mães e pais desses alunos temos: nada é impossível e o único caminho que levará nossos filhos a atingirem toda a sua potencialidade é a inclusão.
Todos esses jovens citados acima frequentaram escolas comuns. Tinham em seus companheiros estímulo para se esforçarem, como conta a mãe de Jessica, Ana Claudia Figueiredo: “Acho que por ela ter estudado em um regime de ensino regular, sempre conviveu com esse ambiente já no colégio. Por isso se interessou muito em prestar vestibular”.
Que motivação teriam se estivessem em escolas especiais, onde as expectativas são muito menos ambiciosas?
Não quero dizer com isso que todos os jovens com síndrome de Down devam ter como objetivo de vida chegar à universidade, nem que os que passaram por essa elapa sejam melhores do que os que não tentaram ou tentaram e não conseguiram. Afinal, quantos jovens brasileiros sem deficiência não passam no vestibular por falta de oportunidade interesse ou qualquer outro motivo, e nem por isso são piores ou melhores do que outros jovens?
Mas com a oportunidade de estudar, o indivídou vai descobrindo o mundo, conhecendo novas pessoas, encontrando seus talentos, desenvolvendo todo o seu potencial para direcioná-lo para um trabalho que o complete e satisfaça, alcançando assim uma vida produtiva e feliz.
A mensagem que quero deixar é que SIM, vale a pena investir na educação regular de alunos com síndrome de Down. Há desafios, mas comprovamos dia após dia que, com vontade e bons professores, os obstáculos vão caindo um a um. Nossos filhos têm o mesmo direito que qualquer estudante a receber uma educação de qualidade na escola regular mais próxima às suas casas. A nós pais, cabe garantir que esse direito seja exercido, com o apoio do Ministério Público, se for necessário.
O caminho nem sempre é fácil, mas, como nossos filhos, precisamos ser perseverantes e confiar em nossas convicções.
Abaixo, alguns dos jovens com síndrome de Down que entraram, estão cursando ou terminaram o nível superior. Caso conheça outros, por favor, nos informe: inclusive@inclusive.org.br
1 – Debora Seabra – Curso Normal – Natal, RN
2 – Humberto Suassuna – Educação Física – Recife, PE
3 – Joao Vitor Silverio – Educação Fisica – Curitiba, PR
4 – Erica Nublat – Pedagogia – Brasília, DF
5 – Ana Carolina Fruit – Pedagogia, com pós – Joinville. SC
6 – Henrique Bezerra – Historia – Maceió, AL
7 – Florença Sanfelice – Artes cênicas – Porto Alegre, RS
8 – Samuel Sestaro – Moda – Santos, SP
9 – Priscila Silveira – Gastronomia – Santos, SP
10 – Kalil Tavares – Geografia – Goiânia, GO (federal)
11 – Jessica Figueiredo – Fotografia e Moda – Brasília, DF
12 – Marina Marandini – Artes – Rio Grande, RS (federal)
13 – Bruno Knigel – Educação Física – São Paulo, SP
14 – Amanda Ferreira – Pedagogia – Recife, PE
15 – Amanda Amaral – Biologia – Vitória da Conquista, BA
16 – Bruno Ribeiro – Turismo – Recife, PE
17 – Gabriel Nogueira – Teatro – Pelotas, RS (federal)
18 – Henrique Cavalcante – História – Marechal Deodoro, AL
19 – Robson Deola – Tecnólogo em Gestão Pública – Irani, SC
20 – Andrielli Machado – Educação Física – Lajeado, RS
21 – Aline Hélio Figueiredo Terrinha – Direito – Belo Horizonte, MG
22 – Susana Roseli Bernardi – Moda, São Paulo, SP
23 – Benjamim Saidon – Gastronomia, São Paulo, SP
24 – Laura Reis – Gastronomia, São Paulo – SP
25 – Kiko Buzar- Turismo, São Luis – MA
26 – Pedro Carrera – Gastronomia, São Paulo – SP
27 – Genilson Protasio Filho – Técnico em Informática – São Luis – MA
28 – Tatiane Rotelli – Gastronomia – Santo Antônio do Pinhal – SP
29 – Bianca Dias Tagliacozzo – Educação Física – Indaiatuba – SP
30 – Rafaela Faelli – Estética e Cosmética – Campinas – SP
31 – Talita Alves Bezerra – Educação Física – Patos – PB
32 – Fernanda Schaeker Machado – Design – Porto Alegre – RS
33 – Raysa Braga – Educação Física – Rio Branco – AC (federal)
34 – Marina Gutierrez Nunes Viana – FACI – Belém – PA
35 – Ana Rita Fernandes Correa Silva – Sistemas de Informação – Belém – PA
36 – Amanda Falcão – Biologia – Castanhal – PA
37 – Flávia Bandeira – Pedagogia – Maceió – AL
38 – Felipe Martins – Gastronomia – Maceió – AL
39 – Gabriel Gomes – Educação Física – Natal – RN
40 – Gabriel Deliberali Lazari – Educação Física – Porto Alegre – RS
41 – Guilherme Campos – Gastronomia – São Paulo – SP
42 – Carlos Ney Granja Vasconcelos Filho – Educação Física – Recife – PE
43 – André Luiz de Santana Damascena – Educação Física – Recife – PE
44 – Yves Levy Dupont – Educação Física – Porto Alegre – RS
45 – Daniel Lino de Miranda – Design – Campinas – SP
46 – William Vasconcelos – Direito – Sobral – CE
47 – Rodolfo Pinheiro Bernardi – Gemologia – Vitória – ES (federal)
48 – Priscila Mesquita – Educação Física – Recife – PE
49 – Pedro Henrique Baidek – Erechim – RS
50 – Marcos Macedo Teles – Educação Física – Barbalha – CE
51 – Julia Henriques Costa – Licenciatura em Dança – Pelotas – RS
52 – Carlos Romero Lages Lustosa Cabral – Gastronomia – Maceió – AL
53 – Renan Henrique Codogno – Educação Física – São José do Rio Preto – SP
54 – Nadine Cardoso dos Reis – Tecnologia em Embelezamento e Imagem Pessoal – Viçosa – MG
55 – Zaida Noely Ixoobecan Silva Vaz de Oliveira – Pedagogia – Parauapebas – PA
56 – Leonardo Costa da Silva – Desing de Interiores – RS
57 – Samuel Adiron – Pedagogia – SP
58 – Gabriela Moura – Pedagogia – São José do Rio Preto – SP
59 – Flavia Carvalho – Pedagogia – Barra Mansa, RJ
60- Luísa Camargo – Relações Públicas – DF
61 – Livia Roncon Freitas – Educação Física – SP
62 – Henrique Rodrigues Antun – Hotelaria – SP
63 – Maria Clara Ribeiro Maciel de Carvalho – Gatronomia – ES
64 – Eduardo Emanuel Sartori Fillus – Educação Física – Cascavel, PR
65 – Caíque Aimoré – Marketing – Mogi das Cruzes, SP
66 – William Vasconcelos – Direito – Sobral, CE
67 – Luana Rolim – Fisioterapia – Santo Ângelo, RS
68 – Nicholas Filinkoski – Fotografia -Recife, PE
69 – Laura Deorsola Xavier Negri – Magistério e Pedagogia – Curitiba, PR
70 – Ana Lívia Fernandes Galvão de Lima – Pedagogia – Natal, RN
71 – Mariana Costa Braga – Educação Física – Natal, RN
72 – Camila Costa Santos Basílio – Design Gráfico – Recife, PE
73 – Marjorie Bahia de Melo – Artes – Vitória da Conquista, BA
74 – Wania Cipriano – Pedagogia – Maceió, AL
Veja a relação por estado:
São Paulo – 18
Rio Grande do Sul – 11
Pernambuco – 8
Alagoas – 5
Rio Grande do Norte – 4
Pará – 4
Ceará – 3
Paraná – 3
Distrito Federal – 3
Bahia – 3
Santa Catarina – 2
Minas Gerais – 2
Espírito Santo – 2
Maranhão – 2
Paraíba – 1
Acre – 1
Goiás – 1
Rio de Janeiro – 1
Atualizado em 25/02/19
Fonte: Inclusive
Para mim mãe de 01 menino com 1 ano e meio, vejo que as experiencias relatadas e conquistaas do dia a dia, mesmo nessa idade em q o Gui está, são importantes para encorajar e permitir em sonhar com o futuro do pqno! Deus abençõe a todos os pais e sempre q possivel relatem matérias e mais matérias….pois são pílulas de ânino e alegria para o alma!!
Fico muito feliz com tudo isso, sou mãe de um menino com 3 anos meio com síndrome dowm ,isso tudo me da forças para continuar a minha luta e conquistar muitas vitórias.
Nossa como fico feliz vendo noticias sobre crianças com sindrome de dow,pois sou mãe de um menino de 1 ano e lendo reportagens assim,que me fortalece ainda mais na sua criação..
Sempre que puder coloque mais noticias.
obrigada.
Sou mãe de um jovem com síndrome de down, o Levi Pimenta, hoje com 22 anos, que já está cursando o ensino médio e que boa parte de sua vida estudantil foi em escolas regulares. Fico feliz de saber que muitos rapazes e moças com SD já estejam cursando uma faculdade, tinha notícias de três aqui no Brasil. Quiça meu filho Levi.Depende de nós!!!
Adorei a reportagem eu estou levando meu filho que tem sindrome de donw para fazer curso de panificacao no senai e la tem uma menina cha Flavia que esta na universidade aqui em Maceio e o maximo.
Parabens pelo trabalho.
fábio dos santos fonte gosteria de o ser eu querio uma nanorada
de poder podemos emcomtar com amigo eu gostou muito de você pesossa na toda minha vida me ligar na minha casa 3742940 podemos ser por mim tudo por você eu gostou de muitos mais dela anida poder de ficar com amigo poso ficar deixar feliz com amigo poso o por bem para dela gosta do fábio dos santos fonte em curitiba do paraná rua neleson dos santos 52 pegar ônbus da santa quitéria 52 vem conhecer a fámilha em curitiba pr
Estimulação precoce é de extrema importância para o desenvolvimento da ´pessoa com síndrome de down. Estimule, acredite, experimente desafios, acompanhe todos os dias nas atividades escolares com muita paciência e perseverança.
Como faço para inserir o nome do meu filho na relação de jovens universitários com DOWN?
Meu filho se formou em Educação física, desde 2014.
Já mandei vários comunicados para o movimento DOWN e, até hoje, eles não inseriram seu nome.
Notei que a fonte da relação é desse site.
O nome dele é CARLOS NEY GRANJA VASCONCELOS FILHO, hoje, com 27 anos
Ingressou em 2011, no curso de Educacso Física, na Faculdade dos Guararapes (atualmente, CENTRO UNIVERSITÁRIO GUARARAPES) e concluiu o curso desde 2014
Grata pela inclusão do seu nome
Que ótimo, Vania. Vamos incluí-lo na lista.
Att, Equipe Inclusive
Aguardo uma resposta. Muito grata
A lista está desatualizada faltou
o Gustav o Bicca jornalismo Pelotas
Deveriam rever
Meu nome é Tamile Ritzmann Fronczak, tenho 24 anos, tenho Síndrome de Down e também estou na universidade.
Faço o 2º ano do Curso de Pedagogia na Universidade Positivo – Campus Osório, em Curitiba – PR.
Eu me matriculei no início de 2017. Não faço de uma só vez todas as disciplinas previstas para o ano por isso ainda estou no 2º ano.