O que é educação inclusiva? (What is inclusive education?)

O que é educação inclusiva? (What is inclusive education?)

Trecho da introdução do documento MAKING SCHOOLS INCLUSIVE-how change can happen – publicação da organização mundial SAVE THE CHILDREN

Traduzido do inglês e digitado em S.Paulo por Maria Amelia Vampré Xavier, da Rede de Informações Área Deficiências Secretaria Estadual de Assistência e Desenvolvimento Social de S.Paulo, Fenapaes, Brasília(Diretoria para Assuntos Internacionais) , Rebrates, SP, Carpe Diem, SP, Sorri Brasil, SP, Inclusion InterAmericana e Inclusion International em 3 de setembro, 2008

Já mencionamos algumas vezes o maravilhoso trabalho desenvolvido no mundo pela organização internacional independente Save the Children. Por muito que já se haja falado e escrito, pró e contra a educação inclusiva, ainda falta um longo caminho a ser percorrido e a experiência mundial dessa famosa entidade, que luta pelos direitos das crianças em toda parte, é extremamente útil em nossa luta em prol de uma educação de qualidade.

Respondendo à pergunta que eles mesmos fazem “o que é educação inclusiva? “ a resposta que dão os amigos de Save the Children é a seguinte:

“Freqüentemente, há confusão em torno do termo “educação inclusiva.” Ela significa “educação para crianças deficientes? Existe diferença entre “educação para todos” e “educação inclusiva”? Na realidade, que quer dizer isso?

Todas as crianças têm direito a educação. A educação inclusiva garante a participação de todos os alunos na escolaridade. Ela envolve reestruturar a cultura, políticas e práticas nas escolas a fim de que possam responder à diversidade dos alunos em sua localidade. Educação inclusiva:

· reconhece que todas as crianças podem aprender

· reconhece e respeita diferenças em crianças: idade, sexo, etnia, idioma, deficiência, condição em relação a HIV e TB, etc.

· capacita estruturas educacionais, sistemas e metodologias a atender as necessidades de todas as crianças

· é parte de uma estratégia mais ampla para promover uma sociedade inclusiva

· é um processo dinâmico que está constantemente se desenvolvendo e adquirindo características novas

Save the Children acha que o conceito de educação inclusiva é inseparável do conceito de educação de qualidade: a educação não pode ser considerada de boa qualidade a menos que atenda às necessidades de todos os estudantes. Tornar a educação mais inclusiva exige que as escolas e as autoridades educacionais removam as barreiras à educação experimentadas pela maioria das crianças excluídas – frequentemente as crianças mais pobres, crianças com deficiências, crianças que não recebem cuidados da família, meninas, ou crianças de grupos minoritários. A educação inclusiva envolve um contínuo processo de mudança para conseguir aumento de flexibilidade em todo o sistema educacional. O processo tem como finalidade assegurar que todas as crianças recebam boa educação através de padrão semelhante, sem se verem afastadas de outras crianças ou do resto da sociedade. As escolas necessitam colocar nos devidos lugares condições que capacitem as crianças mais excluídas a aprender; isto geralmente resulta em escolas mais flexíveis, mais acolhedoras e mais centradas na criança.

Educação inclusiva é diferente de educação especial, que tem uma variedade de formas incluindo escolas especiais, unidades pequenas, e a integração de crianças deficientes é feita através de apoio especializado. Os princípios de educação inclusiva abrangem uma gama muito mais ampla de questões do que a deficiência. Porém as mudanças necessárias para garantir que crianças deficientes podem beneficiar-se da educação não são muito diferentes das mudanças necessárias para ajudar todas as crianças excluídas a obter educação.

QUAIS OS PRINCÍPIOS DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA DISCUTIDOS EM SALAMANCA, 1994 ( traduzido do inglês de documento INTRODUCTION – MAKING SCHOOLS INCLUSIVE – ) da organização internacional Save the Children

traduzido do inglês e digitado em S.Paulo por Maria Amélia Vampré Xavier, da Rede de Informações Área Deficiências Secretaria Estadual de Assistência e Desenvolvimento Social de São Paulo, Rebrates, SP, Sorri Brasil, SP, Carpe Diem, SP, Fenapaes, Brasília(Diretoria para Assuntos Internacionais) , Inclusion InterAmericana e Inclusion International em 4 de setembro, 2008

Como costumamos dizer, em época de eleições o assunto EDUCAÇÃO volta a ser tratado como prioridade absoluta. Lendo a introdução do documento elaborado por Save the Children, a organização internacional, que defende os direitos das crianças em todo o mundo, achamos que vale a pena pensarmos um pouco mais a respeito:

“Embora os princípios de educação inclusiva tenham sido amplamente aceitos por muita gente desde a Declaração Internacional de Salamanca em 1994 sobre educação de necessidades especiais, os esforços feitos para torná-los realidade foram cheios de remendos. A necessidade de progresso quanto à educação inclusiva está se tornando urgente em escala crescente no contexto de esforços para alcançar objetivos internacionais como a Meta de Desenvolvimento do Milênio em educação primária universal por volta de 2015, e a Meta de Educação para Todos (EPT) também por volta de 2015.

Para que esses compromissos sejam cumpridos pelos governos, doadores e outras pessoas envolvidas com a educação, devem ser encontradas estratégias que garantam que as crianças encaradas como “as mais difíceis de atingir” – as mais marginalizadas socialmente bem como economicamente – podem chegar a educação de boa qualidade. Isto exige que os princípios da educação inclusiva sejam postos em prática em escala muito maior, incluindo ambientes pobres de recursos ou afetados por crises.

Existe um consenso razoavelmente grande quanto aos tipos de abordagens que funcionam bem a nível escolar que visam incluir crianças com necessidades específicas ou em circunstâncias particularmente desafiadoras. Contudo, informações claras sobre como chegar a essas abordagens, adotadas em escala mais ampla, são menos comuns. Pessoas que trabalham em prol dos direitos das crianças quanto à educação, podem não ter informações acerca de estratégias que foram bem sucedidas na mudança de estratégias educacionais em toda parte. Essas pessoas podem não ter também informações sobre como poderiam adaptar essas abordagens a seus próprios ambientes. O compartilhamento de experiências sobre como as escolas se tornaram mais inclusivas em contextos diferentes pode ajudar a construir confiança de que educação inclusiva tem muitas realidades diferentes, e pode ser atingida através de formas tangíveis. O trabalho de Save the Children sobre educação inclusiva foi desenvolvido por equipes nacionais que trabalharam com pais, crianças, professores e dirigentes em educação depois de alguns anos. Esta experiência produziu uma gama de ferramentas e estratégias que fornecem aprendizado sobre como avançar mais rápido, progresso mais sustentável no sentido de que as escolas dêem as boas vindas e apóiem todas as crianças.

É mais fácil estabelecer princípios de educação inclusiva do que mapear as mudanças necessárias através de um sistema educacional que forneça esses princípios. Freqüentemente, ajuda examinar experiências que foram realizadas para ver quais as mudanças necessárias em ambientes diferentes para tornar educação inclusiva uma realidade.

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