Seminário de educação popular reflete sobre a prática dos projetos sociais

Descrição da imagem: logotipo do Instituto Pólis - 20 anos
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A reflexão sobre o potencial transformador dos projetos sociais esteve presente nos debates do seminário Educação Popular e a Formação de Educadores Sociais, organizado pela Rede de Educação Popular de São Paulo, em 13 de maio, no Instituto Pólis. Cerca de 100 educadores de diversas organizações, entidades e movimentos sociais, que têm na Educação Popular um referencial para a sua atuação em projetos e políticas sociais estiveram presentes. Uma pergunta foi constante na atividade: os projetos sociais afirmam direitos e tem potencial de transformação, ou são mera execução de serviços públicos terceirizados?

O seminário colocou em discussão as possibilidades que a educação popular tem de contribuir para que os projetos sociais se vinculem a políticas públicas e à afirmação de direitos. Entende-se por projetos sociais, os convênios estabelecidos entre organizações da sociedade civil e o Estado, para execução de políticas sociais.

A supervisora pedagógica do Centro Nossa Senhora do Bom Parto, Marilda dos Santos Lima relembrou como a pedagogia da educação popular atravessou a prática das comunidades eclesiais de base, do movimento popular e sindical, das lutas por direitos e políticas públicas. A educação popular enfatiza que o aprendizado se dá na relação com as pessoas e no reconhecimento do outro como sujeito importante do aprender. “Estas lutas foram um processo de construção da consciência”, lembra Marilda, recordando os movimentos populares que lutaram por educação, saúde, creches, direitos da crianças e adolescentes. Destas reivindicações e conquistas nasceram as políticas públicas. “Nas políticas públicas os oprimidos ganham um rosto que antes não tinham. A educação popular sempre permeou estas lutas e a conquista de direitos”, destacou Marilda.

A luta pelas políticas públicas levou entidades e movimentos sociais para a execução de políticas sociais, através de convênios com os órgãos públicos ou instituições privadas. Diante do risco de que projetos sociais se transformem em serviços terceirizados executados pela sociedade civil, onde o Estado se desresponsabiliza, Marilda defende que os convênios devem ser uma estratégia para conquistar e garantir direitos. “Estes espaços não devem ser menosprezados. Na prática é a gente que está lá, não é aquele que financia. O trabalho precisa ter um sentido transformador, fazendo com que os sujeitos oprimidos assumam o seu protagonismo”. Marilda também afirmou a importância do diálogo com as diversas manifestações sociopolíticas e culturais que existem nas cidades, como o hip hop.

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