
No início de maio deste ano, a RITLA – Rede de Informação Tecnológica Latino-Americana, em um projeto desenvolvido junto à Secretaria de Educação do Governo do Distrito Federal, publicou os resultados de uma ampla pesquisa realizada nas escolas do Distrito Federal quanto a situações de preconceito, discriminação e violência. Segundo os realizadores, trata-se de uma investigação aprofundada das relações sociais e do clima escolar no DF: conflitos latentes e expressos, percepções de alunos, professores e equipe de direção sobre as escolas, um verdadeiro diagnóstico sobre a convivência escolar. É uma interessante oportunidade para comparar os dados de pesquisa realizada pela FIPE – Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, a pedido do Ministério da Educação, divulgadas na semana passada, ocasião em que se comunicou à sociedade brasileira, através dos meios de comunicação, indicativos de que os preconceitos, no ambiente escolar, atingiriam quase a totalidade dos atores envolvidos, entre diretores, professores, funcionários e alunos.
Tratam-se, aparentemente, de metodologias diferenciadas e, sobretudo, de um universo restrito em uma e de um ampliado em outra (a pesquisa conduzida pela FIPE teria um âmbito geográfico nacional enquanto a realizada pela RITLA estaria concentrada apenas numa região específica, o Distrito Federal, inclusive onde outros indicadores sociais, como IDH – Índice de Desenvolvimento Humano, são muito diferenciados em relação aos demais estados brasileiros, principalmente em razão de elementos de distribuição econômica). A amostra utilizada em ambas, entretanto, é a mesma: o universo escolar. A existência de preconceitos de diversas naturezas na sociedade, e neste universo em particular, não consiste exatamente numa novidade. A exacerbação da manifestação desses preconceitos através do assim denominado bullying, por exemplo, é um tema constante nos debates sobre educação e convivência escolar, ganhando grande repercussão pública através dos meios de comunicação. Entretanto, a divulgação de dados envolvendo informações que pretendem “radiografar” o comportamento social requerem um cuidado especial no sentido de obter-se fidelidade de interpretação e a divulgação quase concomitante de ambas as pesquisas – mesmo que com distinções metodológicas – pode servir de estímulo ao aprofundamento das questões levantadas, por especialistas no assunto, além de um desejável desdobramento em ações dentro do universo pesquisado: o próprio universo escolar.
Para maiores informações sobre a pesquisa desenvolvida pela RITLA, em seu website há a possibilidade de acesso ao relatório integral da pesquisa e outras informações: http://www.ritla.net
Informações sobre a pesquisa da FIPE podem ser consultadas na imprensa. O relatório da pesquisa ainda não foi disponibilizado ao público em geral.
Fonte: Agência Inclusive
leio sobre a inclusão de jovens com deficiência ou nao na educação brasileira. Gostaria de estar mais atualizado sobre os tipos diversos de inclusão.
gosto das materias publicadas pelo site. Um abraço, Claudio
gosto das materias publicadas pelo site. Um abraço, Claudio