Professora Myrian de Rezende Martins
Prefeitura de Taboão a Serra – EMI Franjinha/ Nov-2009
Minha experiência com o aluno Pedro (autista) começou em 2008, quando juntamente com a Auxiliar de Desenvolvimento Infantil Ednea (Néa), recebemos na sala de Jardim II este aluno que, juntamente com os demais, necessitava de nosso carinho, dedicação, atenção e ensinamentos.
O Pedro era diferente dos demais do grupo, pois, apesar dos seus 5 anos não falava , fugia da sala e não interagia com os demais colegas, mostrando uma extrema agitação .
Ao longo do ano letivo eu e a Néa fomos juntas construindo saberes, pesquisando e conquistando o Pedro para que pudesse avançar, dentro de suas potencialidades. Nossa prioridade era que ele aprendesse a brincar, a interagir com os colegas e também que compreendesse as regras sociais e a rotina da sala e da escola.
Durante este tempo fui dialogando com a mãe sobre a importância da integração da família com a escola e ela pôde me dar importantes dicas de como melhor agir com o Pedro.
Os demais alunos se tornaram pequenos professores do Pedro e colaboravam conosco, ensinando e estimulando o Pedro a se envolver nas brincadeiras e demais atividades e ele a cada dia apresentava progressos e se integrava com as atividades e a rotina da escola.
Ao final do ano, juntamente com a equipe de inclusão da Secretaria de Educação do município foi decidido que o Pedro permaneceria por mais um ano na Educação Infantil, de modo que pudesse desenvolver a linguagem oral, aperfeiçoar o entrosamento social e também pudesse nos dar mais subsídios para que pudéssemos contribuir ainda mais para o seu desenvolvimento cognitivo.
Ao longo de 2009, pudemos colher de fato os frutos de um árduo trabalho, envolvendo as pessoas que criaram vínculos, as ações às vezes intuitivas, às vezes pesquisadas, muitas observações transformadas em ações, oferecendo ao aluno caminhos para o seu desenvolvimento. Atualmente o Pedro fala frases simples, interage melhor com os colegas e funcionários, participou da festa junina, dançando com a turma, o que emocionou a todos, reconhece seu nome e conta até 10.
Sua mãe é muito participativa.
Enfim, o Pedro é um aluno que nos desafiou, mas que também nos trouxe a chance de perceber o quanto é possível oferecer a estes alunos, que por tantas vezes são discriminados . O Pedro não só nos ofereceu a condição de acreditar na inclusão como também nos fez sentir educadores inclusivos, pois, como educadores somos tão capazes que muitas vezes desconhecemos nosso potencial inclusivo. Enfatizo que sou professora sem especialização em educação especial, apenas acredito que é possível dar a todos a mesma oportunidade! Assim como fizemos com o nosso Pedro.
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MYRIAN , PARABÉNS PELO MARAVILHOSO TRABALHO QUE VEM REALIZANDO COM O SEU ALUNO PEDRO,ACREDITO QUE ANTES DE TUDO VOCÊ ACREDITOU NO PEDRO E EM VOCÊ, O ACEITANDO E OFERECENDO CONDIÇÕES PARA O MUNDO O QUAL O CERCA ACEITÁ-LO TAMBÉM E ISSO É FAZER A DIFERENÇA E VOCÊ MYRIAN FEZ E FAZ ! PARABÉNS !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
simples porem objetivo o relato da professora Myrian parabéns a ela e também a Néa que souberam acolher e receber o pedro e sua mãe.
parabéns.
Myriam…
Parabéns… Seu trabalho é a prova de que devemos acreditar nos caminhos da inclusão… Quem quer, faz a hora, não espera acontecer!!
Vc quis, acreditou e fez; fez muito, não só por seu aluno Pedro, como para toda sala, escola e educação!
Novamente meus parabéns…
São professores como vc que nossos alunos merecem, e são por professores como vc que eu continuo acreditando que a inclusão é possível…
Myriam, parabéns!!!! Este período curto que passei pela Supervisão Escolar foi totalmente gratificante conhecer você. Este olhar e suas atitudes fazem a diferença. Seu trabalho precisa ser divulgado para que todos saibam que é possível incluir.
Sucesso e leve esta nossa bandeira por onde passar. Conte sempre comigo.
Olá, que belo relato. Tenho uma aluna autista com as mesmas características do seu aluno. Quais atividades você utilizava com ele? Se puder me ajude.
olá,fui professora na APAE,aqui na minha cidade por mais de anos,nesse periodo tive vários alunos,mas com aluno autistas foi bem depois,pois até então na APAE,não trabalhava com autismo,confesso que me assustei no início mas busquei informações,viajei,li sobre o assunto,enfim foi na pratica que eu aprendir,hoje estou numa escola inclusiva,e trabalho com o aluno ARTHUR que tem 7 anos,não fala,não interage com os alunos,está na fase oral,se apega a um objeto e não larga mais,o lápis quebra todos que lhe é oferecido,mas o que acho lindo,lindo é o respeito que as crianças da sala tem com ele,o carinho,penso que mais do que aprender o nome,as palavras,o b a bá,ARTHUR encontrou humanização,talvez quem sabe,o aprender sem pressa.
Foi muito interessante o relatório da professora em poucas palavras disse tudo que devemos saber ,o amor a paciência ao próximo nos doar mais com carinho e principalmente respeitando as limitações de cada um.
Boa tarde!Sou professora de sala do AEE atualmente.Mas já trabalhei em uma sala especial com alunos de várias síndromes, inclusive com autismo.Minha aluna era muito agressiva mas aos poucos fui fazendo cursos e mais cursos e fui aprendendo a lidar com a necessidade de cada aluno, e também quando agente tem o conhecimento e a realidade é bem diferente de quem nunca trabalhou e nem tem noção de como é difícil. Portanto eu sou uma Educadora apaixonada pela inclusão. Estou agora fazendo a minha Segunda Licenciatura em Educação Especial.
Achei bem interessante o seu relatório, trabalhei com uma criança autista ele era uma criança carinhos, tem estereotipia porém não fala até hoje, e está com 5 aninho..