Homofobia nas escolas: debate com Miriam Abramovay

Bandeira símbolo do movimento GLBT contra a homofobia. A cor vermelha imita um sangramento.

Coordenadora do Setor de Pesquisas da Rede de Informação Tecnológica Latino-Americana (RITLA), Miriam Abramovay, fará palestra durante o evento e apresentará dados importantes.

Os mandatos do deputado federal Iran Barbosa (PT-SE) e da deputada estadual Ana Lúcia (PT-SE) promovem, nesta sexta-feira, dia 11 de dezembro, em Aracaju, debate sobre a homofobia nas escolas. O debate acontece a partir das 8h, no auditório do Tribunal de Justiça, na praça Fausto Cardoso.

O objetivo é disseminar informações a respeito de pesquisas que apontam o quanto é alto e grave o grau de discriminação nas escolas.

Os dados serão apresentados pela coordenadora do Setor de Pesquisas da Rede de Informação Tecnológica Latino-Americana (RITLA), Miriam Abramovay.

“A homossexualidade ainda é um tema cercado de preconceitos em nossa sociedade. O preconceito, de modo geral, surge em razão de falta de conhecimento, sendo esta uma lacuna que compete à escola preencher”, considerou Iran.

Em Sergipe, o deputado coordena a Frente Nacional pela Cidadania LGBT. Segundo Iran, a escola é um lugar privilegiado para promover a cultura do respeito às diferenças, à diversidade e à inclusão social, rumo a uma verdadeira democracia para que todas as pessoas possam viver com dignidade e sem discriminação.

Quadro – Estudos publicados nos últimos cinco anos demonstram e confirmam cada vez mais o quanto a homo-lesbo-transfobia (medo ou ódio irracionais às pessoas LGBT) permeia a sociedade brasileira e se encontra presente nos colégios.

Um destes estudos, a pesquisa “Preconceito e Discriminação no Ambiente Escolar”, realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e publicada em 2009, revela que 87,3% dos entrevistados têm preconceito com relação à orientação sexual. Foram entrevistados 18,5 mil alunos, pais e mães, diretores, professores e funcionários.

Quem é Miriam Abramovay

Miriam Abramovay nasceu em São, foi durante 4 anos professora da Universidade Católica de Brasília e coordenadora do Observatório de Violência nas Escolas – Brasil, coordenou diversas pesquisas e avaliações da Unesco e foi consultora do Banco Mundial e do Unicef.

Exerceu o cargo de Secretária Executiva do Observatório Ibero-americano de Violência nas Escolas, de julho de 2006 a janeiro de 2008. Foi conselheira do Conselho Nacional de Juventude, de agosto de 2005 a janeiro de 2008. É Pesquisadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Juventudes, Identidades e Cidadania (NPEJI/UCSAL – Grupo cadastrado no CNPq).

Atualmente é coordenadora do Setor de Pesquisas da RITLA (Rede de Informação Tecnológica Latino-Americana); coordenadora e professora do Curso “Juventude, Diversidade e Convivência Escolar”, parceria entre a RITLA e a Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal.

Mestre em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1986). Formou-se em Sociologia e Ciências da Educação pela Universidade de Paris, França (Paris VIII – Vincennes).

É autora e co-autora de vários livros e inúmeros artigos nas áreas de educação, ciências sociais, gênero, violências nas escolas e juventudes.

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Fonte de informação: Faxaju Link abrirá em uma nova janela ou aba.

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