HELENA WERNECK – COORDENADORA GERAL DO INSTITUTO METASOCIAL
PONTO DE VISTA
Qual é o maior desafio de falar sobre síndrome de Down na propaganda? – O maior desafio da agência é permitir que o cidadão/telespectador comum, sem conhecimento da causa, possa se “tocar” positivamente com a mensagem, percebendo as capacidades e potencialidades das pessoas com deficiência intelectual e repensar seus preconceitos.
Qual costuma ser o foco das campanhas do instituto? – O foco de todas as nossas campanhas sempre foi passar uma informação direta e correta para a sociedade de que, por trás de um rosto com alguns traços diferentes, existe uma pessoa comum, produtiva, com desejos e capaz de se tornar um cidadão completo.
Você acha que as empresas, em geral, comunicam bem seus investimentos em ações de responsabilidade social ou há muito blá-blá-blá? – Algumas empresas ainda se relacionam de forma bem distante de seus investimentos em ações de responsabilidade social. Acreditam que basta apoiar/patrocinar algum bom projeto sem envolvimento real. No entanto, há empresas que fazem este investimento com sabedoria implantando “verdadeiramente” este conceito dentro de suas estruturas, aglutinando funcionários e diretoria – e fazendo com que seu consumidor acompanhe e perceba este processo.
Qual deve ser, na sua visão, o tom das campanhas que focam este tema? – Sempre e unicamente verdadeiro.
Devem passar credibilidade. O consumidor/telespectador é muito atento. Em nossas campanhas, todos os temas “brifados” apresentaram personagens/atores com talentos reais. Se o foco era mexer com a temática das Leis de Cota, então o personagem do nosso filme tinha que ser verdadeiramente protagonista daquela ação.
Quem são as empresas que apoiam o Instituto MetaSocial e seus projetos? – Em nosso projeto atual, que é o site Manifesto, são parceiros voluntários a agência Giovanni+ DraftFCB, Rede Globo, Microwave, Alog, Rionet, a agência Inclusive e vários profissionais independentes.
Estamos em busca de apoio para a execução da segunda etapa do Manifesto, que é torná-lo de utilidade pública. A convite da ONU, o projeto foi apresentado no dia 3/12/09 – dia internacional dos Direitos da Pessoas com Deficiência em sua sede em Nova York.
Fonte: JB Online
http://jbonline.terra.com.br/leiajb/2009/12/21/primeiro_caderno/negocios__propaganda.asp