Projeto de educação prisional é realizado pela primeira vez no Brasil

A formatura de 64 estudantes de Serviço Social do Centro Universitário Metodista, do IPA, na sexta-feira (08/01), representou mais que o encerramento de uma etapa. A cerimônia foi a confirmação do sucesso do convênio entre a instituição e a Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe), com a presença de duas alunas da turma pioneira da Penitenciária Madre Pelletier.Em uma ação até então única no Brasil, o conhecimento foi levado por uma instituição de ensino superior a uma casa de detenção. Desse projeto, 15 servidores da Susepe e duas ex-apenadas da Penitenciária Madre Pelletier buscaram o diploma no Teatro do Shopping Bourbon Country.

A formatura é resultado de uma experiência realizada pela primeira vez no Brasil dentro da filosofia de inclusão do IPA. O projeto de educação prisional, no qual apenadas e agentes estudaram juntas, foi um sucesso. “Nos sentimos gratificados por oferecer à sociedade a possibilidade de formar pessoas que estavam privadas de sua liberdade e, desta forma, contribuir para a realização da formação humana. De uma forma geral, é uma alegria poder continuar a missão da educação metodista por meio da formação de novos profissionais do Serviço Social”, explicou o reitor do IPA, professor Norberto da Cunha Garin.

O reitor recebeu uma placa de homenagem da turma de formandas do Madre Pelletier. A iniciativa partiu das alunas pioneiras e da ex-diretora da penitenciária, Maria Antonieta Filipeto. A placa era de agradecimento ao IPA por levar o ensino superior à casa de detenção.

Mestre de Cerimônias, o professor Marcos Rolim disse que a colação de grau das pioneiras é um marco no ensino superior nacional. “A experiência com essa turma é inédita no Brasil. Nunca no país se havia pensado em formar uma turma de curso superior em uma penitenciária e nunca se pensou em colocar na mesma turma detentas e agentes penitenciários, que agora são colegas de profissão. Esse momento é muito especial para o IPA e para a luta dos Direitos Humanos no Brasil”, comentou.

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Fonte de informação: IPA/Pauta Social

3 Comments

  1. Amei essa reportagem,popis estou interessada em educação prisional é um grande passo para o Brasil estão de parabéns,pois é fácil atirar pedras difícil é estender as mãos

  2. Achei muito interessante essa esse artigo, me interessei bastante pois no momento estou fazendo levantamento de material como esse para uma monografia, onde pretendo fazer um comparativo entre a educação no presídio do amapá e de uma escola pública do estado, bem como de levantar questionamentos sobre remição de pena para educação em presídios, e sobre o porque as varas de exexução tem maior facilidade para liberar um preso para trabalhar em instituições governamentais do que para liberar um preso aprovado em vestibular de instituição pública de ensino superior.

  3. Trabalho com educacao prisional desde 2005 e vejo a importancia da educacao no processo da ressocializacao do preso, é um oportunidade unica, rompe as paredes da alma e fisicas para um mundo do conhecimento e gera a esperanca de oportunidade futuras, planear sua vida e ter uma vida digna fora da prisao. Parabens a todos!

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