Ativistas negros se dizem otimistas

O sociólogo João Carlos Nogueira, que assistiu a primeira sessão da Audiência do Supremo Tribunal convocada para discutir a adoção de cotas na Universidade, disse que a Ação de Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) movida pelo Partido Democratas (DEM) questionando a constitucionalidade do sistema de cotas na UnB expõe a posição de setores da sociedade resistentes às políticas de inclusão.

“O grave é que se trata de uma ADIN (Ação de Inconstitucionalidade) de um partido político que nas suas fileiras não tem negros”, afirmou.

Nogueira, que ocupou a Subsecretaria de Ações Afirmativas na gestão da ex-ministra Matilde Ribeiro, disse estar confiante numa decisão favorável às cotas no Supremo. “Em vista do impacto social que essa decisão terá é pouco provável que a Corte faça um julgamento contra as cotas, colocando por terra a oportunidade de reparação. Essa é uma oportunidade enorme para se permitir o avanço da política de ações afirmativas no Brasil”, acrescentou.

Consistência

Por sua vez, o cientista social Carlos Alberto Medeiros, coordenador da Coordenadoria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial do Rio de Janeiro (CEPPIR/RJ), considerou que, após os debates “ficou plenamente comprovado qual o discurso mais consistente”. Medeiros disse estar confiante de que os ministros do Supremo decidirão pela constitucionalidade da política de cotas e de ações afirmativas.

______________

Fonte: Afropress

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *