Nações irmãs na luta pela cidadania

Foto de encerramento da segunda assembleia geral da FDLP, com representantes de oito países de língua portuguesa: Portugal, Brasil, Moçambique, Angola, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Guiné Bissau e Timor leste

A Federação das Organizações de Pessoas com Deficiência dos Países de Língua Portuguesa (FDLP) consolidou-se, definitivamente, em sua segunda assembleia geral ocorrida em Moçambique, na cidade de Maputo, entre os dia 6 e 8 deste mês, da qual participei, com muito orgulho e contentamento. São as nações-irmãs, unidas pela língua – apesar de tão distantes geograficamente – lutando juntas pela mesma causa: garantir dignidade e pleno exercício da cidadania às pessoas com deficiência.

Estavam presentes representantes de oito países: Portugal, Brasil, Moçambique, Angola, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Guiné Bissau e Timor Leste. Eu estive presente como presidente do Conselho dos Centros de Vida Independente do Brasil (CVI-Brasil), por enquanto única entidade brasileira membro da FDLP.

Os principais trabalhos desenvolvidos nesta assembleia da FDLP foram a reforma de seu estatuto e a eleição de sua nova diretoria, que vai vigorar durante os próximos quatro anos. Dividida em uma presidência e quatro vice-presidências, a atual diretoria tem seu principais cargos ocupados por Moçambique (presidência e primeira vice-presidência) e Brasil (segunda vice-presidência). Dentro dos próximos dois meses, deverão ser definidos os nomes das pessoas que representarão estes países, da seguinte forma: os representantes que lá estiveram devem consultar suas entidade de base, eleger um nome e informar à FDLP, que efetivará a candiatura.

Há muito trabalho pela frente, sobretudo nos países menos desenvolvidos. Mas a troca de experiência, a ajuda mútua e a rede de ações entre estes países vão garantir, tenho certeza, um futuro melhor às pessoas com deficiência que ainda continuam sendo relegadas e marginalizadas do seio da sociedade, lugar de onde nunca deveriam ter saído. O presente ainda é sombrio, mas a consolidação da FDLP traz novas esperanças e luzes, mesmo que ainda pequenas, aos nossos irmãos e irmãs com deficiência dos países lusófonos. Para muitos deles(as), a luta está só começando, mas com muito brio e vontade de vencer.
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Fonte: Tô Dentro/Katia Fonseca

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