
Nota da Inclusive: os meios de comunicação, ávidos por usar e abusar da liberdade de que dispoem, não poderiam, ao menos eventualmente, prestar atenção no recado da sociedade e fazer uma autocrítica dos meios que usam para o seu auto-sustento e usar da palavra responsabilidade menos como marketing e mais como compromisso social? Os nossos legisladores não poderiam, ao menos eventualmente, realizar os debates que afligem as gerações que os sucederão e usar seu poder de decisão para provocar mudanças efetivas em benefício da sociedade?
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Bruno Bocchini, da Agência Brasil
São Paulo – Pesquisa divulgada hoje (16) mostra que 73% dos pais concordam em restringir a publicidade voltada ao público infantil. De acordo com o Datafolha, que realizou o levantamento, as principais justificativas dos entrevistados para a restrição às propagandas são o consumismo infantil, a incitação a má alimentação, ao sexo e à violência. Cerca de 70% dos pais entrevistados afirmaram serem influenciados pelos filhos na hora da compra.
A pesquisa, encomendada pelo projeto Criança e Consumo, do instituto Alana, mostra ainda que para os pais o maior influenciador dos pedidos dos filhos são as propagandas (38%). Em seguida estão os personagens de filmes ou de programas de TV (18% e 16%, respectivamente).
“Seria necessário que não houvesse hoje publicidade que falasse diretamente à criança. A influência sempre vai ser muito grande. É uma verdadeira covardia endereçar mensagens comerciais pedindo às crianças que comprem, que consumam serviços, muitas vezes produtos alimentícios, porque elas não conseguem fazer uma análise crítica como os adultos”, avalia Isabella Henriques, coordenadora do Projeto Criança e Consumo. Ela cita como exemplo países como a Suécia e a Noruega, onde a publicidade na televisão voltada ao publico infantil foi totalmente proibida.
Já para o vice-presidente executivo da Associação Brasileira de Anunciantes, Rafael Sampaio, é preferível fazer publicidade diretamente ao publico infantil a deixá-lo apenas com a opção das propagandas ao público adulto.
“Achamos que a propaganda dirigida às crianças tem de ser muito benfeita, com altíssimo nível de responsabilidade, mas não dá mais para deixá-las em uma redoma. Como é impossível restringir o acesso das informações que as crianças recebem, a nossa tese é de que devemos fazer a publicidade para as crianças e ensiná-las a navegar em uma sociedade que tem esse excesso de ofertas”.
A pesquisa do Datafolha foi realizada na cidade de São Paulo nos dias 22 e 23 de janeiro. Foram ouvidos 411 pais e mães de todas as classes econômicas com filhos de 3 a 11 anos. A maioria dos entrevistados, 52%, era da classe C.
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Fonte: Agência Brasil
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