
Além das práticas mencionadas acima, outras formas de agressão podem ser presenciadas nas Escolas. Elas se configuram como formas de coação, expondo a vítima em situações de humilhações, constrangimentos, apelidos provocativos, intimidações e difamações de forma repetitiva. Tais atitudes são realizadas, na maioria das vezes, em locais públicos, onde se percebe que a intenção do indivíduo agressor é expor a vítima ao ridículo. Estas agressões de caráter físico e psicológico passaram a ser reconhecida no mundo por Bullying- termo inglês usado para descrever atos de violência praticados por um indivíduo (bully ou “valentão”) ou grupo de indivíduos com o objetivo de intimidar ou agredir outro indivíduo (ou grupo de indivíduos) incapaz(es) de se defender.Esta questão vem gerando em alguns Estados leis anti bullying nas Escolas da rede pública, como é o caso de Porto Alegre e São Paulo.
Para o especialista em direito criminal Périkles Lima, discutir a elaboração de um cronograma para que sejam efetivadas as estratégias de combate ao bullying nas Escolas públicas da rede de ensino previstas em leis tanto estadual, quanto municipal é de suma importância. “O principal papel da lei é obrigar as Escolas a fiscalizarem e diagnosticarem a prática deste tipo de agressão, tendo como consequências dessa prática o comprometimento da saúde emocional, da qualidade das relações interpessoais, da construção da cidadania e, principalmente, da ruptura no processo educacional, podendo ser apontado como uma das causas dos elevados índices de evasão Escolar em todo País”, frisa o advogado.
Caso essa lei seja aplicada no Piauí, deverá normatizar o trabalho de retenção a esse tipo de violência, que é mais acentuado no ensino médio das Escolas públicas. Esta regulamentação também poderá prevê ainda um trabalho com alunos do ensino fundamental, implantando uma cultura de prevenção, educando os pequenos a não praticarem atos violentos e, dessa forma, muitos alunos pararem de ter medo em ir às Escolas e até mesmo os professores, que muitas vezes são ameaçados por alunos da própria instituição.
Para a psicóloga Mirna Freitas as crianças ou adolescente que sofrem com o bullying são aquelas que de alguma forma apresentam tipos de fragilidade. Ela aponta que a dificuldade de verbalização e socialização com os demais colegas de turma contribuem para que estes alunos sejam vítimas em potencial de outros alunos. “Os que têm dificuldades de interação terminal por ser um alvo e fácil para estas práticas porque o aluno com esta característica não busca se defender e, por mais que não se goste, a vitima agüenta as brincadeiras de mau gosto sem expressar reações de descontentamento”, declarou a psicóloga. “Já vi casos em que o cadarço do aluno vítima é amarrado na cadeira ou a agressão pode ser de teor intelectual como rasgar cadernos ou livros”, comentou.
Mirna diz que as diferenças físicas também contribuem para a prática do bullying. “Os padrões físicos são usados como parâmetros. Como por exemplo, uma pessoa que é muito alta, ou está acima do peso com relação aos outros da turma. Numa sala de aula pode ter cinco pessoas com estas fisionomias, mas apenas um é escolhido”, exemplificou a psicóloga.
Ela cita que algumas reações diferenciadas podem ser observadas pelos pais. “A primeira tendência é o jovem não ter vontade de ir à Escola. Depois vêm as expressões de tristeza, mudanças na expressão facial, notas baixas, quer mudar de turma, ansiedade. Tudo isso serve como parâmetro para constatar que as coisas não vão indo bem”, descreveu Mirna Freitas.
O jornalista Lucas Lins, hoje com 23 anos de idade, diz já ter sofrido com bullying na infância e que uma das maneiras encontrada por ele para se defender foi agredir o bullie (o praticante).
“Quando eu era pequeno – com 6 anos de idade -, tive um problema nos dentes que me deixava com o queixão e eu tive que usar um aparelho para corrigir o problema. O aparelho parecia um capacete, era horrível e me chamavam de robô, E.T, e tudo mais. A pior coisa do bullying é que se a pessoa realmente levar essas brincadeiras a sério, ela pode ficar depressiva ou violenta, são os extremos da tristeza. Eu ficava muito triste, e uma vez até bati em um amigo. Bati a cabeça dele na parede que resultou numa grande confusão”, recordou.
“Na adolescência eu já não sofri tanto, porque, na verdade, de vítima eu passei a acusado. Pratiquei muito bullying na adolescência. Caçoava demais dos outros. Isso é porque na adolescência é complicado, você está com todos seus sentimentos a 1000% explodindo. Como eu sofri muito quando criança com essas brincadeiras de mau gosto, resolvi dar o troco “, descreveu o jornalista.
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Fonte: Diário do Povo
este texto sobre o bullying esta uma porcaria, quis fazer um trabalho sobre este assunto e nao consegui perseber nada!!
Atronhados….falta de profissionalidade!
o vosso site nem sei porque o puseram isto nao vale nada…
eu não gosto do bullying