Educação inclusiva ganha espaço na sala de aula regular

Das 273 escolas municipais, 47 possuem todos os requisitos de acessibilidade para o ensino regular (Foto: DÁRIO GABRIEL)

Mariana Lazari Especial para O POVO

Aos poucos, o público foi chegando e a banda do Recanto Psicopedagógico, instituição sem fins lucrativos que atende pessoas com deficiência, começou a festa. A comemoração aconteceu na manhã de ontem, na escola Almerinda de Albuquerque, no São João do Tauape. A inclusão de pessoas com deficiência foi o motivo da celebração. Na escola, da rede municipal estudam nove alunos com algum tipo de deficiência. Todos em salas de aula regulares, integrados.

Ontem foi o dia “D“ da educação inclusiva. A data visa sensibilizar a sociedade sobre a importância do acesso de alunos com deficiência à aprendizagem formal. Segundo a coordenadora de educação inclusiva da Secretaria Executiva Regional (SER) II, Valéria Cassandra Oliveira Lima, o dia é uma iniciativa para unir pessoas com deficiência à sociedade. “O dia -D- não é um dia estanque no calendário escolar. O motivo dessa sensibilização é chamar a atenção da sociedade pra dizer que eles podem trazer o filho pra escola, que muitas vezes fica em casa, tido como incapaz de aprender“.

O coordenador do Ensino Fundamental e Médio da Secretaria Municipal de Educação (SME), Arlindo Araújo, explica que as escolas de Fortaleza se adaptam para receber estudantes especiais. “Foram criadas as salas de recursos multifuncionais, que são espaços onde é desenvolvido o Atendimento Educacional Especializado, o AEE. Até agora, são 52 salas reformadas e equipadas“, afirma. O AEE, explica Valéria, é complementar ao ensino regular. Os estudantes, no turno em que não estão em sala, ficam no colégio fazendo atividades para o desenvolvimento intelectual, o que facilita o aprendizado em sala de aula.

Segundo a SME, mais de 2,5 mil alunos com deficiência intelectual e física estudam na rede municipal. Das 273 escolas, 47 são acessíveis, com rampas, elevadores, barras de seguranças e outras estruturas. “O percentual ainda é pequeno, mas se a gente for pensar historicamente, esse aluno estava ou em ambientes institucionais, próprios pra ele, ou em salas especiais, isolado, segregado. Hoje ele está dentro da escola, participa de todas as atividades, aprende como qualquer outra pessoa“, diz Valéria.

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Fonte: O Povo

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