Triplica número de presos que trabalha para reduzir pena

Detentos exercem atividades em presídio da Grande BH

Quebrar o preconceito da sociedade para com os egressos do sistema penitenciário, bem como assegurar a eles a chance de ter um emprego e, consequentemente, a oportunidade de ter uma vida melhor. Esses são alguns dos objetivos do programa Trabalhando a Cidadania, da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds). O índice de presos trabalhando triplicou nos últimos três anos.

Atualmente, por meio desta iniciativa, 8.272 presos trabalham e, em contrapartida, têm direito à remição – a cada três dias trabalhados, terão um dia a menos no cumprimento da pena – e a receber, no mínimo, 3/4 do salário mínimo.

No início desta semana, por exemplo, sete detentos do presídio de Araxá (Alto Paranaíba) começaram a trabalhar em uma fábrica de blocos para pavimentação. Segundo o superintendente de Atendimento ao Preso da Seds, Guilherme Augusto de Faria Soares, somente na cidade, outras 20 vagas devem ser criadas para os detentos ainda neste ano. Ele afirma que, além da esperança em um futuro melhor, os presos, ao desempenharem uma atividade, se sentem úteis, o que aumenta sua autoestima, melhora o sono e até mesmo a saúde.

Atenção

“O Trabalhando a Cidadania reúne em um só programa ações com ênfase para a população privada de liberdade nas áreas de saúde, trabalho, educação e lazer. No que diz respeito ao trabalho, ensinamos os presos a viver junto com a sociedade. Quem está cumprindo pena precisa de atenção especial, pois o estado não consegue reinserir essas pessoas sem a ajuda da própria população, que deve deixar o preconceito de lado.
Afinal, quem sai da prisão e não tem oportunidades, tende a voltar para a criminalidade”, ressalta o superintendente.

De acordo com Guilherme Soares, há trabalhos para todos os tipos de regime – aberto, semiaberto, fechado – em diversas áreas: construção civil, jardinagem, alvenaria, serralheria, costura, mecânica, atendimento em hotéis, telemarketing, limpeza, artesanato, entre outras.
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Fonte: Estado de Minas

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