
Com a presença de diversos especialistas e várias autoridades, foi realizado no Instituto de Educação Superior de Brasília (IESB), Ciclo de Palestras sobre as políticas públicas que envolvem o Autismo. O evento fez parte das comemorações alusivas à 6ª edição mundial do Dia do Orgulho Autista, em Brasília, 18 de junho.
O encontro foi promovido pelo Movimento Orgulho Autista Brasil, Coordenadoria para Inclusão da Pessoa com Deficiência do Distrito Federal (CORDE-DF) e pela Subsecretaria de Cidadania(SUBCID/SEJUS/GDF).
Mais de 600 pessoas compareceram ao local, que apresentou profissionais das áreas de saúde, educação, direitos humanos e cidadania, entre outros.
Na oportunidade, a primeira dama do Distrito Federal, Karina Curi Rosso, reconheceu a necessidade de investimentos no setor.
Na abertura do evento, Fernando Cotta falou do IV Prêmio Orgulho Autista 2008, na categoria Psicólogo Destaque, que foi entregue ao Professor João Cláudio Todorov, pois este não pôde comparecer na entrega oficial realizada na Rádio Nacional.
Por sua vez, Professor Todorov falou da importância dos trabalhos do IESB em conjunto com o Movimento Orgulho Autista Brasil e com a CORDE-DF.
Márcia Muniz, presidenta do Conselho de Direitos da Pessoa com Deficiência (CODDEDE), falou da importância do Conselho para os autistas.
Adryani Lobo, subsecretária de cidadania, lembrou que os autistas precisam de mais políticas públicas.
Mara Gonçalves, conselheira de saúde, avó de autista, destacou o número reduzido de psiquiatras em relação ao número de habitantes.
Paulo Victor, goleiro da seleção brasileira na copa do mundo de 1986 e embaixador da campanha da acessibilidade, informou sobre sua participação na Blitz do Autismo e na Audiência Pública realizados no Congresso Nacional nesta semana.
Na segunda mesa, a professora Giselda Jordão lembrou da importância do conhecimento para os professores públicos.
Professor Ulisses Araújo, destacou o trabalho do CETEFE e a importância de se discutir metodologias em cada caso.
Aluísio Maluf apresentou vídeo da CLIAMA, com autistas em contato com a natureza e em atendimentos fundamentais para o desenvolvimento desejável.
Anna Cristina, psicóloga da CLIAMA, discorreu sobre a necessidade de envolvimento da família no processo de evolução dos autistas.
Na terceira mesa, Dr. Icaro Batista, da UnB, apresentou trabalho de pesquisa desenvolvido pela Universidade, para detectar doença celíaca em autistas.
Dra. Rosa Horita, do Centro de Orientação Psico-Pedagógico, chamou a atenção para o elevado custo de terapias para os autistas, que ficam a cargo das famílias.
Nydia Silva, da AMA-DF e conselheira representante do Autismo no CODDEDE, questionou o investimento público em outros setores, mais do que no autismo.
Na última mesa, especialistas do IESB chamaram a atenção para o trabalho da faculdade de psicologia.
O psicólogo Gleidson Gabriel demonstrou a evolução que autistas estão tendo com a terapia adequada.
Dr. Márcio Borges procurou evidenciar a importância do trabalho dos terapeutas, alertando que terapias não adequadas podem levar a resultados não desejáveis.
A professora Lilian Cavalheiro apresentou atendimentos que o instituto realiza em Brasília.
Por fim, Fernando Cotta lembrou a importância das celebrações do Dia do Orgulho Autista e destacou como fundamental a aplicação da teoria na prática, informando a dificuldade com a burocracia dos governos para o atendimento aos autistas, assumindo o desafio do gestor público em trabalhos conjuntos com a comunidade, para transformar a realidade.
Fonte: Movimento Orgulho Autista Brasil