Nem toda pessoa cega lê em Braille, nem toda pessoa surda se comunica em língua de sinais. Por Elisabeth Fátima Torres, Alberto Angel Mazzoni e Anahi Guedes de Mello. Educ. Pesqui., São Paulo, v. 33, n. 2, Aug. 2007.
RESUMO/ABSTRACT
O trabalho foi definido tendo como objetivo discutir e explicitar algumas das diferenças existentes, quanto ao acesso à informação e à comunicação, entre aquelas pessoas que, embora possuam deficiências semelhantes, vivenciam discapacidades diferentes. O recorte metodológico aplicado foca especificamente as pessoas com deficiência visual e as com deficiência auditiva, não simultâneas, com ênfase às pessoas com surdez e às com cegueira. O arcabouço conceitual utilizado é o mesmo que o adotado pela classificação CIF-OMS, sendo o referencial teórico complementado com os aportes de outros autores que desenvolvem estudos relacionados com o tema da discapacidade. Além das pesquisas bibliográficas, integram a metodologia dados coletados em pesquisas de campo, conduzidas em trabalhos anteriores, e os resultantes de observações de pessoas adultas em situações que demandam por acessibilidade à informação e à comunicação. Os resultados encontrados evidenciam a diversidade existente entre as pessoas com um mesmo tipo de deficiência sensorial e assinalam alguns dos equívocos e prejuízos que podem ocorrer quando essa diversidade não é considerada. Ao longo do texto, fica constatado que as diferenças encontradas entre as pessoas com um mesmo tipo de deficiência sensorial são definidas tanto em função de suas preferências individuais, bem como das limitações e capacidades que são peculiares a cada um desses indivíduos.
Já conheci muitas pessoas que ficaram deficientes visuais já na idade adulta e que não conseguiram aprender braile. Conversando com uma delas ouvi: “adoro ler, mas não consegui aprender braile, adoraria voltar a ler novamente”. Pensando nessa pessoa e em muitas outras iguais a ela e com igual desejo, entrei em contado com várias editoras perguntando da possibilidade de se lançar livros com letras com alto relevo, mas nunca obtive resposta de porte delas.
Fica aí minha sugestão… Livros com letras em alto relevo.
Abraços
Muriel Elisa Távora Niess Pokk
* Muriel faz palestras sobre síndrome de Down.
* 1994 – Criou o 1º curso de catequese, para pessoas com deficiência intelectual, possibilitando desta forma que pudessem fazer a primeira comunhão.
* 2.000 – Criou a 1ª sala de bate-papo para portadores de deficiência. Pelo ineditismo noticiaram o fato o Diário Popular, 14/03/2000 (caderno informática, págs. 1 e 3); O Globo, do Rio de Janeiro (caderno Informática, pg. 7); O Estado de São Paulo e outros.
***Consta na ata da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo “ATO DE LOUVOR” Por esse feito.
* 2000 – Criou o primeiro site do mundo de encontros para portadores de deficiência: Site Grandes Encontros http://www.grandesencontros.com.br
* 2005 – Participou do grupo Movitae que lutou pelo Estudo da Célula Tronco. Aprovado 04 de março de 2005, Câmara, Brasília.
* 2006 – 10 de maio – agraciada, com o troféu: “Mulher de sucesso 2006”, Câmara Municipal de SP.
* 2009 – 01 de julho – homenageada pelo SBT – Programa do Ratinho.
Muriel,
A luta agora e pelo livro acessivel em formato digital que possa ser ouvido pelas pessoas cegas. Veja no site.
http://www.livroacessivel.org/index.php
Att,
Patricia Almeida
Equipe Inclusive
Tenho uma amiga surda que não se counica em LIBRAS porque a familia não ajuda, acha besteira, com isso a comunicação dela é falha.
Você da equipe inclusive não entendeu a profundidade do desejo dessa senhora (e de outras pessoas com quem já falei). Ela que quer “ler” e não ouvir. Ela tem o desejo de ter um livro nas mãos, seguir nele, palavra após palavra, linha após linha.
Quem sabe alguém que tenha bastante sensibilidade consiga entender essa pessoa, assim como eu entndi.