Brasil participa de projeto musical para as Paralimpíadas de Londres

Sob fundo preto, imagem saturada de homem careca com terno branco, com braços parcialmente levantados para o lado. Raios multicoloridos saem de suas mãos.

O Dean Rodney Singers é um ambicioso projeto de arte liderado pelo artista Dean Rodney, que tem autismo. O trabalho, que será exibido em Londres durante as Paralimpíadas, conta com a participação de um brasileiro com síndrome de Down. A idéia é usar música e dança para materializar o mundo de fantasia e criaturas misteriosas criado por Dean Rodney, curador do projeto. Para isso, ele vai trabalhar com bandas formadas por músicos, cantores e bailarinos de sete países em todo o mundo, Brasil, Japão, China, África do Sul, Alemanha, Croácia e Reino Unido.

O projeto vai resultar na criação de 23 músicas utilizando tecnologia de ponta. A intenção é desenvolver um espaço online de colaboração onde os membros com e sem deficiência possam trabalhar juntos para fazer as músicas ganharem vida. Todas as canções serão criadas com aplicativos do Ipad como Animoog, Garage Band, IMS 20 e ikossalator. Cada país vai trabalhar em três ou quatro músicas e cada membro da banda usará seu iPad para criar suas próprias versões das canções.

Dean visitará cada banda em cada país para orientar o trabalho. A visita no Brasil aconteceu nos dias 7 e 8 de junho, no Museu de Arte Moderna de São Paulo. Entre os 11 brasileiros selecionados para participar do projeto estava Eduardo Gomes, de 22 anos, o Dudu do Cavaco, de Belo Horizonte, que tem síndrome de Down. Na oficina, que durou dois dias, Eduardo e os outros artistas aprenderam a manusear os aplicativos de música eletrônica para produzirem suas versões e enviarem para a produção final de Dean e sua equipe. O projeto será exibido no South Bank Centre, em Londres, numa instalação video-musical interativa durante os Jogos Paralímpicos, que começam em agosto.

O vídeo abaixo, postado por Leonardo Gomes, irmão de Eduardo, mostra um pouco da oficina do projeto que aconteceu em São Paulo, no começo de junho:

Fonte: Movimento Down

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