Marcha dos 10 mil exige reforma agrária ampla e de qualidade

Marcha da reforma agrária do século XXI

“A reforma agrária não é um problema, ela é uma solução para redimensionar os novos sujeitos históricos que estão emergindo, que não existiam em 1961”, afirma Edélcio Vigna, assessor político do Inesc.

O Congresso Camponês, inspirado no I Congresso de Lavradores ocorrido em 1961, reuniu em Brasília cerca de 10 mil camponeses/as, representações de populações indígenas, comunidades quilombolas, povos das águas e das florestas.

O encontro por Terra, Território e Dignidade reivindica acesso à terra, uma reforma agrária ampla e de qualidade, o desenvolvimento rural com distribuição de renda e riqueza, a produção e acesso a alimentos saudáveis, entre outros itens.

Os trabalhadores/as marcharam do Parque da Cidade até o Palácio do Planalto, onde um grupo de mulheres entregou a Declaração Final do Encontro Unitário ao ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho. (Veja aqui a declaração)

O documento ressalta a necessidade de ações mais efetivas por parte do governo para acabar com a violência no campo, contra trabalhadores, trabalhadoras, comunidades tradicionais e indígenas. Destaca, também, a importância da agricultura familiar e livre de agrotóxicos para garantir uma alimentação saudável para a população brasileira.

Para o assessor político do Inesc, Edélcio Vigna, a marcha e a entrega da declaração têm uma função de proporcionar um novo olhar para a reforma agrária. “Apesar das demandas serem muito semelhantes da década de 60, elas se colocam em um novo contexto histórico e social. É preciso enxergar a reforma agrária de forma diferente. A reforma agrária não é um problema, ela é uma solução para redimensionar os novos sujeitos históricos que estão emergindo, que não existiam em 1961”, afirma.

Fonte: INESC

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