MNDH quer conferência de direitos humanos em 2013

Símbolo do MNDH, um pássaro voa diante do sol

As Conferências Nacionais de Direitos Humanos, realizadas desde 1996,têm se configurado em agenda de fundamental importância para definição das diretrizes e estratégias das políticas de direitos humanos em perspectiva integral. Constituem-se em espaço de convergência de agendas da sociedade, que se traduzem em propostas de ação e de mobilização, levando a novos compromissos do Estado brasileiro em seus vários níveis de governo (municipal, estadual e federal) para a garantia, a proteção e a promoção dos direitos humanos. A realização das Conferências marcou os últimos 17 anos.

Nasceram como iniciativa da sociedade civil em parceria com a então Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal, como atividade anual nacional. Em 2004 foi realizada a IX Conferência e a primeira com convocação oficial, organizada por um Grupo de Trabalho Nacional, formado pelo Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana. Discutiu a proposta de construção de um Sistema Nacional de Direitos Humanos e foi antecedida de Conferências locais e estaduais. A segunda experiência neste sentido foi realizada em 2008, com a XI Conferência, a última. Nesta foram elaboradas as diretrizes e aprovadas propostas que vieram a compor o PNDH-3, lançado um ano depois, em dezembro de 2009.

A história demonstra e não deixa dúvida da importância da realização sistemática da Conferência, antecedida pela realização de conferências estaduais e municipais. Ademais, entre os compromissos do PNDH-3 está a participação da sociedade na política de direitos humanos através de vários mecanismos, entre os quais as Conferências. No entanto, até o momento, tendo se passado já mais de quatro anos da última edição,ainda não ocorreu uma nova Conferência e nem se tem notícia de que haveria possibilidade de sua convocação (depois de iniciado o processo de realização de conferências nunca se ficou tanto tempo sem realizá-la).

Diante disso, o Movimento Nacional de Direitos Humanos se sente no dever de reivindicar a realização desse espaço de participação. Urgente se faz que o governo federal se posicione sobre o assunto. A realização de uma nova conferência nacional – que pode ser oficial ou não, afinal na trajetória das conferências foi mais vezes realizada pela sociedade civil do que convocada oficialmente pelo governo federal – se faz urgente no contexto do processo de monitoramento e de avaliação da implementação do PNDH-3 e da necessidade de avançar na construção de um Sistema Nacional de Direitos Humanos, que resumem os compromissos assumidos respectivamente na IX e XI Conferências nacionais, as duas que tiveram a chancela de convocação oficial. Não pode a sociedade ficar à mercê da agenda governamental e da governabilidade. Por isso, o MNDH espera posicionamento do governo e conclama às organizações de direitos humanos para que se somem neste debate e construção.

Assim pedimos a todos que assinem a petição eletrônica clicando aqui.

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