Enquanto o Brasil se prepara para celebrar o Dia das Mães, minhas pesquisas revelam um dado que deveria mudar a forma como as empresas enxergam esta data: existem aproximadamente 9 milhões de mães atípicas no país – mulheres que são mães de pessoas com deficiência ou que são mães com deficiência. Um número maior do que a população de muitos países, mas que permanece à margem das discussões corporativas.
Os números que tenho levantado contam uma história reveladora:
🔹 70% dessas mulheres deixam o mercado formal;
🔹 86% empreendem por necessidade, não por escolha;
🔹 64% gostariam de retornar ao trabalho, se houvesse condições adequadas.
São números que evidenciam não apenas um desafio público social, mas também um potencial econômico subutilizado. Essas mulheres representam:
🔹 um mercado consumidor com demandas específicas, ainda pouco atendido;
🔹 um grupo de profissionais altamente resilientes, com habilidades valiosas para qualquer equipe;
🔹 um ecossistema de empreendedoras que poderiam fortalecer cadeias produtivas mais diversas.
Na Rede Mães Atipicas, buscamos transformar esses dados em iniciativas que promovam mudanças reais. Nossas pesquisas e ações mostram que, quando empresas e instituições se abrem para essa pauta, os resultados vão além do social – refletem-se em ambientes mais inovadores e competitivos.
Algumas das frentes em que atuamos:
📌 Workshops e sensibilização – Para ajudar equipes e gestores a entenderem as especificidades da parentalidade atípica.
📌 Feiras de negócios – Conectando empresas a fornecedoras mães atípicas, diversificando cadeias produtivas.
📌 Programas de retenção de talentos – Apoiando empresas a criarem políticas mais inclusivas para mães cuidadoras.
Este Dia das Mães, trago um convite à reflexão: Como podemos contribuir para que essas mulheres não apenas permaneçam no mercado, mas sejam reconhecidas e valorizadas em seu potencial?