Inclusão e exclusão na sociedade moderna: uma visão sistêmica sobre o acesso à educação média no Brasil

Inclusão e exclusão na sociedade moderna: uma visão sistêmica sobre o acesso à educação média no Brasil, por Carlos Henrique de Oliveira Blecher. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
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RESUMO/ABSTRACT
Esta dissertação tem como objetivo, partindo da forma que Niklas Luhmann observa a sociedade moderna e tendo como modelo empírico a realidade da educação média no Brasil, questionar as noções básicas da teoria sistêmica acerca do debate sobre a distinção inclusão|exclusão. Além de apresentar os principais aspectos da teoria de Luhmann sobre a sociedade moderna, especialmente o sistema jurídico e a sua relação com o sistema educacional, este trabalho tentará, ainda, acessar, a partir da teoria sistêmica, o mais relevante aspecto da distinção inclusão|exclusão em uma sociedade diferenciada funcionalmente, na qual os indíviduos estão não somente fora da sociedade, mas também, para ser preciso, inseridos no domínio de exclusão. Desta forma, Luhmann ilumina alguns dos mais fudamentais problemas relacionados com a norma implícita da inclusão total, que parece ser o principal foco do debate sobre inclusão|exclusão nos dias de hoje. Seguindo este caminho de observação, Luhmann também irá direcionar sua atenção para as diferentes condições de inclusão e exclusão e afirma que esta distinção é determinada e aqui entender a questão é de suma importância para caminhar pelo solo da teoria sistêmica pelas condições internas dos sistemas funcionais, organizacionais e de interação. Luhmann defende a idéia de que inclusão não mais seria a regra, pelo contrário, a exclusão é que seria.. Esta dissertação pretende trabalhar com uma análise crítica da forma como Luhmann re-descreve a distinção inclusão|exclusão. Destacando a realidade do acesso à educação no Brasil, considerando, acima de tudo, a sua qualidade, sugere, então, que a teoria dos sistemas possa sofrer de uma deficiência empírica ao observar a distincão da forma que o faz. Havendo exposto os números sobre a educação no Brasil, sugerimos que a teoria sistêmica encontra dificuldades em apreender e descrever os atuais mecanismos de exclusão social no mundo.

 

4 Comments

  1. Inclusão e exclusão, caminham juntas, pois assim como a sociedade se diz aberta a inclusão ela nada mais faz do que citar esta palavra, porque na realidade , na hora de pratica-la, isto não acontece. o sujeito deficiente não tem chances de praticar uma profissão. Ele até consegue fazer algum curso , mas estar presente condicionalmente dentro de um ambiete e ser igual , não acontece. Só a sua presença, já altera um ambiente , imaginem compartilhando em tempo integral ?
    O que eu quero dizer, é que mesmo tendo capacidade para praticar algum oficio, eles não tem credibilidade e são dispensados , acabando com outros downs ou deficientes de outro genero.
    Por exemplo, a midia atua mostrando que superam limites , fazem propaganda deles, por eles, mas o que me deixa indignada , é que não passa disso.
    Por acaso voces já viram um down fazendo propaganda de algo de consumo, vendas de algum produto ? Porque ?
    Nenhum empresário teve coragem de usar um individuo destes para fazer propaganda de seus produtos no mercado de consumo pois acham , com certeza que não vai dar certo e por ai vai, então onde está a inclusão ?
    Ainda não vi funcionando na sociedade !
    Este é o meu momento de dizer uma realidade e desabafo, pois acho muito difícil alcançar a igualdade das deficiencias.

  2. O texto nos desafia a uma reflexão sobre a educação inclusiva, neste contexto excludente da realidade brasileira, mas por outro lada compreendemos que se nãolutarmos pela inclusãoas pessoas com deficiência levarão outros mil anos para terem seus direitos garantidos. Assim sendo devemos lutar sim pela iclusão e combatr todas as formas autoritárias e excludentes nas relações com TODAS as pessoas independentes de sua condição.

  3. Excelente texto. Traz uma visão original sobre educação no país. Já assisti aulas do Carlos Henrique Blecher na PUC/SP e FGV Rio e com a mesma originalidade que fala de filosofia politica escreve nas páginas de seu trabalho aspectos importante a critica do modelo descritivo da educação.

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