Traduzido do espanhol e digitado em São Paulo por Maria Amélia Vampré Xavier, da Rede de Informações Área Deficiências da Secretaria Estadual de Assistência e Desenvolvimento Social de São Paulo, Fenapaes, Brasília (Diretoria para Assuntos Internacionais), Rebrates, SP, Carpe Diem, SP, Sorri Brasil, SP, Inclusion InterAmericana e Incluaion International, em 13 de maio, 2009.
A procurando razões para que a educação inclusiva ainda apresente tantos obstáculos no Brasil, apesar do sucesso registrado em algumas regiões do país. Comumente, fala-se da preparação de professores para a total compreensão do que seja o alunado com necessidades especiais, visando que a diversidade humana, tão característica do Brasil, seja muito bem compreendida e aceita nas salas de aula de nosso país.
Claro que uma proposta educacional tão abrangente quanto é a educação inclusiva, com todas as suas vertentes, exige da maioria dos países envolvidos com esse tema uma reflexão contínua sobre as formas a serem adotadas para sua plena execução. Existe, por exemplo, um Relator Especial das Nações Unidas sobre o Direito à Educação, e ele faz as seguintes recomendações para que a educação inclusiva se converta, e logo, numa realidade concreta e favorável a alunos com limitação intelectual.
Prestemos atenção e tentemos colocar em prática o que sugere para a boa implementação da educação inclusiva, que reproduzimos a seguir:
“Eliminar as barreiras legais
É preciso que haja um ministério e um sistema escolar responsáveis
Uso de recursos da educação especial para ajudar o sistema de educação geral
Capacitar os educadores para que saibam responder à diversidade
Levar em conta as condições de ensino
Investir em educação inclusiva para os primeiros anos da infância
Oferecer capacitação aos pais de crianças com deficiências”
PASSOS PARA AVANÇAR ATÉ A IMPLEMENTAÇÃO
· Eliminar as barreiras legais e políticas
· Tornar o sistema de educação geral mais acessível
· Envolver a família e a comunidade
ELIMINAR AS BARREIRAS LEGAIS E POLÍTICAS
· A educação primária e a secundária são gratuitas e obrigatórias?
· É de responsabilidade do Ministro da Educação oferecer educação ais alunos com deficiência intelectual?
· Os alunos com deficiência intelectual têm direito de freqüentar a mesma escola a que vão seus irmãos e irmãs não deficientes?
· O sistema escolar tem adaptações para estudantes com deficiência intelectual?
· Existem pessoal especializado e recursos disponíveis para apoiar o sistema geral?
ENVOLVER A FAMÍLIA E A COMUNIDADE
· As famílias teem o apoio que lhes permita participar dos processos de escolas para pais?
· As famílias estão preparadas para participar de objetivos acadêmicos para seus filhos?
· A comunidade está sendo educada sobre as vantagens da inclusão e sobre os direitos dos estudantes com deficiências?
Inclusion International
Como vemos, nós, pais, e outros familiares de pessoas com deficiências e entre elas a intelectual, que nos toca mais de perto, temos um grande e desafiador trabalho pela frente para que de fato possamos falar de educação inclusiva, não em termos teóricos como geralmente fazemos, mas nos dando conta, cada um de nós, do muito que devemos avançar para conseguir lidar com a educação inclusiva sem muitos conflitos internos e certos de que precisaremos nos envolver sempre mais nas estratégias necessárias à adoção da educação inclusiva.
Uma mudança de enfoque no sistema educacional de um país não se faz sem muitas lutas. Os primeiros resultados favoráveis a esse respeito estão começando a pipocar aqui e ali. Estamos ansiosos para que esses esforços pró educação inclusiva que estão sendo realizados no país todo sejam a nossa contribuição valiosa para o Relatório Global sobre Educação Inclusiva no mundo, que está sendo elaborado para a reunião mundial sobre educação inclusiva, a realizar-se em outubro de 2009.