Captado na internet: www.unesco.org
Introdução ao material acima, traduzido do inglês e digitado em São Paulo por Maria Amelia Vampré Xavier da Rede de Informações Área Deficiências Secretaria Estadual de Assistência e Desenvolvimento Social de São Paulo, Fenapaes, Brasília (Diretoria para Assuntos Internacionais) , Rebrates, SP, Carpe Diem, SP, Sorri Brasil, SP, Inclusion InterAmericana e Inclusion International em 17 de maio, 2009
Com a chegada da Internet em nossas vidas, julgando por nós, ficamos todos grandemente estressados por ter acesso imediato a um grande número de informações, que precisamos ler com cuidado, selecioná-las, para então tentar compartilhar essas idéias com nosso fraterno e numeroso grupo de parceiros de emails. Somos gratos à vida que nos têm dado boas oportunidades de trabalho, e embora pela idade tenhamos algumas dores constantes, o que é natural, elas não nos impedem de agradecer o grande presente que a vida nos deu de termos amigos solidários e generosos, prontos a acolher as nossas contribuições, por simples que sejam. Nós, os mais velhos, ou os idosos como alguns insistem em dizer, temos de manter a visão bem aberta para tantas iniciativas novas que passamos a admirar, oriundas da efervescência típica dos mais jovens, envolvidos em organizações de pessoas e de famílias com deficiências, que agora mais do que nunca têm muito a dizer, muito a dar ao futuro de nossa causa comum. Vamos a mais uma reflexão proposta pela UNESCO, sempre atenta às nossas dificuldades em termos de educação:
Marginalização – uma ameaça à sociedade
Um dos maiores problemas que o mundo enfrenta hoje é o número crescente de pessoas que são excluídas de participação significativa na vida econômica, social, política e cultural de suas comunidades. Uma sociedade dessas não é nem eficiente nem segura. A Conferência Mundial sobre Educação para Todos, ocorrida em Jomtien em 1990, estabeleceu a meta de Educação para Todos. UNESCO, juntamente comoutros escritórios das Nações Unidas e diversas organizações não governamentais nacionais e internacionais, tem trabalhado para atingir essa meta – como um acréscimo aos esforços desenvolvidos a nível de país.
Não obstante progressos encorajadores registrados, existe ainda um número estimado de 114 milhões de crianças na faixa da escola primária que não freqüentam escolas (Fórum Consultivo sobre Educação para Todos, 2000). 90% dessas crianças vivem em países com renda baixa e classe média também de renda baixa,sendo que 80 milhões dessas crianças vivem na África. Entre as crianças que se matriculam na escola primária, um grande número delas abandona a escola antes de completar a escola primária.
Estratégias atuais insuficientes
Reconhece-se que as estratégias e programas atuais têm sido grandemente insuficientes ou inadequados em relação às necessidades de crianças e jovens que são vulneráveis à arginalização e exclusão. Nos casos em que programas que têm como alvo vários grupos marginalizados e excluídos existem, eles têm funcionado fora da corrente regular maior (mainstream) – programas especiais, instituições especializadas, e educadores especializados. Mesmo levando em conta as melhores intenções, com muita freqüência o resultado tem sido exclusão: oportunidades educacionais “de segunda classe” , que não garantem a possibilidade de continuar os estudos, ou casos em que a diferenciação se torna uma forma de discriminação, deixando crianças com várias necessidades fora da rede maior de escolas e mais tarde, quando adultas, fora da vida comunitária,social e cultural em geral (UNESCO, 1999).
A urgência de enfrentarmos as necessidades dos estudantes que são vulneráveis à marginalização e exclusão através de oportunidades educacionais criativas também foi salientada no Fórum Mundial sobre Educação em Dacar, em abril de 2000:
O desafio-chave é assegurar que a visão ampla da Educação para Todos como um conceito inclusivo seja refletida em políticas governamentais nacionais e de agências de financiamento. Educação para Todos … deve levar em conta a necessidade dos pobres e os que sofrem as maiores desvantagens, incluindo crianças que trabalham, moradores de áreas rurais remotas, assim como nômades, minorias étnicas e lingüísticas, crianças, gente jovem e adultos afetados por conflitos, HIV/AIDS, fome e saúde precária; e aquelas pessoas que têm necessidades especiais de aprendizado.
Como vemos nesta introdução a mais um trabalho dos especialistas da UNESCO em defesa da chamada EDUCAÇÃO PARA TODOS, precisamos – a sociedade civil à qual pertencemos – mostrar-se ativa de um lado, nossas famílias através de posicionamento vigoroso e atento de nós, pais de pessoas com necessidades especiais também dando o melhor de nós, e, de outro lado, uma atitude governamental bastante progressista e baseada em direitos humanos como a tônica que deve orientar as ações do poder público em toda parte.