Manifesto pela conscientização quanto à doença de Alzheimer

Os membros da Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz) realizam um manifesto com o objetivo de elevar a consciência global para a necessidade de uma ação urgente dos governos e das partes interessadas, no sentido de tornar a doença de Alzheimer e outras demências, uma prioridade imediata da saúde mundial. O manifesto foi lançado em 2008, por iniciativa da Alzheimer’s Disease International (ADI), e tem como objetivo colher mais de dez mil assinaturas em todo o país.

“Esse é um trabalho de rede. A ação abrande todos os Estados onde existe uma regional da associação vinculado à Organização Nacional de Saúde (OMS) e conselhos de saúde”, explica a presidente Abraz no Acre, Mariazinha Leitão. Segundo ela, a entidade nacional está sentindo a necessidade de dar e cobrar mais atenção aos portadores da doença. “Estamos aqui para dizer que a Abraz existe e trabalha pelo bem-estar e qualidade de vida da pessoa que está com a demência. Para lembrar que, mesmo estando doente, o portador continua sendo um cidadão que deve ser visto com cuidado e atenção”, acrescenta.

O manifesto cobra a promoção, a conscientização e o entendimento sobre a doença, o respeito aos direitos humanos dos portadores, o reconhecimento da importância do papel dos familiares e dos cuidadores, a promoção do acesso à saúde e à assistência social, tratamento adequado depois do diagnóstico e a promoção de ações de prevenção da doença por meio da melhoria da saúde pública. “Esse manifesto é para que a farmácia básica ofereça a fralda geriátrica e que esse material também possa ser disponibilizado nos centros de referência”, destaca Mariazinha Leitão.

A presidente da Abraz no Acre ressalta que a burocracia precisa ser diminuída para facilitar o acesso, tanto na questão da fralda como da medicação e alimentação especial por sonda. “Vemos pessoas no país, inclusive no Acre, que chegam a fazer empréstimos para comprar a medicação dos portadores na família. Os produtos são muito caros e deixam as pessoas endividadas. Por outro lado, uma portaria do Ministério da Saúde (MS) já assegura às pessoas com Alzheimer e doenças similares a adquirirem essa medicação”, lembra.

Mariazinha Leitão diz que, apesar da portaria do governo, muitos trâmites ainda dificultam o acesso das pessoas. “O que a gente precisa é que as coisas sejam melhor esclarecidas e que as pessoas possam ter acesso facilitado e melhores condições para os doentes e familiares”, enfatiza, cobrando que os medicamentos também sejam disponibilizados nas farmácias do Sistema Único de Saúde (SUS).

Situação no Acre

No Acre, cerca de 60 pessoas estão cadastradas na associação. Porém, o número que envolve as que ainda não procuraram a entidade pode ser bem maior. A presidente da regional no Estado, Mariazinha Leitão, lemba que as famílias geralmente procuram o setor quando estão cansada e sentindo muito o peso de lidar com a questão sozinhas.

“Fazemos visitas domiciliares para dividir as tarefas com as famílias. Quando a pessoa recebe um diagnóstico de Alzheimer é preciso que sua família esteja unida, tendo em vista que a nova realidade muda toda a rotina de casa”, declara. De acordo Leitão, uma só pessoa da família não teria condições de cuidar do paciente, uma vez que ela se estressaria demais. “As tarefas do dia-a-dia acarretam uma sobrecarga muito grande para o cuidador”, conta.

O que é a doença de Alzheimer?

Das demências, a de Alzheimer é a causa mais frequente, ficando entre 60% a 70% dos casos. A doença de Alzheimer é progressiva e degenerativa e ataca o cérebro. As demências afetam as habilidades da pessoa, gerando impactos em sua vida, inclusive nas outras que as rodeiam, especialmente na rotina das que cuidam no-dia-a dia. Todos os anos, 4,6 milhões de novos casos de demência são diagnosticados no mundo – um a cada sete segundos.

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Fonte de informação: Rede SACI

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