As comunidades de aprendizagem e o novo papel do professor

Francisco Imbernón

O projeto de inovação das comunidades de aprendizagem é uma alternativa possível à instituição escolar que pretende alcançar uma melhor e maior aprendizagem dos alunos e evitar que em uma sociedade democrática muitas crianças sejam excluídas socialmente

Os acontecimentos sociais do final do último quarto de século levaram a instituição educativa a uma crise. Se a escola padece de uma crise, os profissionais que nela trabalham também a compartilham. Por isso, muitos professores hoje estão desorientados sobre o seu papel. A escola não é mais o que era há alguns anos (nem pode ser), nem os professores têm o mesmo papel. Suas funções mudaram; portanto, é preciso mudar sua forma de trabalhar.

Tudo isso e muito mais suscita a busca de alternativas à escolarização democrática de toda população. A escola, tal como a conhecemos, criada na modernidade do século XVIII, consolidada em suas funções de educação da cidadania no século XIX e renovada pelos movimentos da escola nova durante o século XX, tenta educar crianças do século XXI com professores formados em procedimentos educativos do século XX.

Não é nada estranho que, a partir dos movimentos mais preocupados com uma melhor educação da infância, sejam buscadas alternativas de mudança. E uma das possíveis alternativas que surgiu nos últimos anos foi a de converter a escola em uma comunidade de aprendizagem, ou seja, visto que a escola mostra-se impotente para educar sozinha todas as crianças em uma sociedade democrática, ela necessita da intervenção, de pleno direito, de todas as instâncias de socialização que intervêm na educação das crianças em um determinado contexto (família, associações, empresas, organismos oficiais, voluntários, administrações, etc.). É uma alternativa para que todos adquiram as aprendizagens que lhes permitam desenvolver-se na sociedade do futuro, evitar o fracasso escolar, a desigualdade de aprendizagens e a exclusão social de muitas crianças.

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Leia a íntegra do artigo na Revista Pátio Online.

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