Educação e inclusão: enquanto uns fogem, outros procuram

Alunos da escola João Pinheiro, de Uberaba

A inclusão se parece cada vez mais com a prória vida. Como em muitas coisas da vida, há os refratários e os signatários. Os empenhados e os empunhados. Os empanturrados e os excluídos. Os desvalidos e aqueles que dizem lhes representar. É muito bom que a inclusão se pareça cada vez mais com a própria vida. Enquanto muitos se escondem dentro dos muros das escolas e gabinetes, a Inclusive adora mostrar que o povo vai a rua e vai de coração aberto, sabendo o que quer e o que não quer (08/11/2009).

Escola João Pinheiro faz passeata para buscar parceiros de inclusão

Na batida do som grave dos surdos, professores e alunos da Escola Estadual Presidente João Pinheiro aproveitaram o sábado e realizaram manifestação em prol da inclusão. Percorrendo ruas no centro, o batuque embalava a manhã, enquanto carros eram adesivados com a seguinte frase: “Ser através da verdade”.

O objetivo principal do grupo é divulgar o projeto Formação de Rede de Apoio. Criada este ano, a idealização tem como objetivo incentivar pais e alunos para adaptação de crianças e jovens portadores de alguma deficiência a práticas inclusivas na escola.

A diretora Meire Isabel de Queiroz Carlos explica que a iniciativa faz parte de uma diretriz estadual chamada Escola Inclusiva, existente desde 2004. “Nossa escola está pronta para receber alunos com dificuldades de aprendizagem ou algum tipo de deficiência, seja auditiva, visual ou de locomoção. Somos a escola inclusiva piloto da região”, ressaltou.

Em busca de parcerias com médicos, fisioterapeutas e profissionais dispostos a contribuir com essa causa, o grupo quer chamar a atenção de pais e alunos para o ato de educar na diversidade. A escola possui 718 alunos e 15 deles possuem alguma deficiência visual, sendo parcial ou total, e ainda dificuldades de aprendizagem. São 36 professores no total, dos quais 25 são capacitados para atendimentos especiais.

Professora há 17 anos, Beatriz Evangelista Franco Borges fez especialização em educação especial e deficiência visual. Para ela, lidar de forma natural é de suma importância para garantir o bom desempenho dos alunos. “Incluímos no trabalho todo o material necessário, pois cada aluno que chega é uma realidade diferente”, explica a docente.

João Paulo Oliveira é deficiente visual. Aos 23 anos de idade e cursando a 8ª série, o rapaz garante que a escola tem contribuído com seu desenvolvimento. Ele ressalta a relevância do braile no método de ensino, que, segundo João Paulo é uma ferramenta essencial para seu aprendizado. “Eu me sinto respeitado, estou satisfeito com a minha escola”, conclui o aluno.

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Fonte de informação: Jornal da Manhã Link abrirá em uma nova janela ou aba.

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