CEF pretende reformular projetos sociais

Acordo entre PNUD e Caixa Econômica Federal tenta ampliar atuação internacional do banco e levar microcrédito a pessoas muito pobres

CEF PROJETOS SOCIAIS. Foto: PNUDO PNUD fechou um acordo com a Caixa Econômica Federal (CEF) para ajudar o banco a reforçar suas ações na área social. O apoio inclui tanto programas no Brasil — como microcrédito e incentivo aos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio — quanto em países em desenvolvimento, sobretudo na África. Durante dois anos, consultores da agência da ONU vão dar capacitação para que técnicos da Caixa possam melhor formular, implementar, monitorar e avaliar projetos nessas áreas.

O acordo tem três objetivos principais, segundo o coordenador-geral do programa Caixa ODM (Objetivos do Milênio), Laurêncio João Korbes. Um deles é expandir o programa de microcrédito do banco, de modo que ele se estenda a pessoas mais pobres. “O Brasil precisa muito desenvolver esse braço, que é voltado para camadas de baixíssima renda”, afirma Korbes.

Hoje, o programa oferece empréstimos de R$ 250 a R$ 5 mil para pessoas de baixa renda. Essa modalidade tem algumas simplificações em relação ao crédito normal — não é necessário apresentar um avalista nem outros tipos de garantias de que essa faixa da população simplesmente não dispõe —, mas há requisitos: é preciso comprovar um ano de ocupação contínua e estar com nome limpo na praça. Com o PNUD, a Caixa vai estudar como ampliar a iniciativa mesmo para quem não consegue cumprir esses requisitos.

Outra meta do acordo, assinado em 9 de novembro, é capacitar a Caixa para que ela atue também no exterior, em programas em países da África, como Namíbia, ou em outras nações subdesenvolvidas, como Líbano e Haiti. O banco, em parceria com o PNUD, manteria contato com governos desses locais para apresentar programas de microcrédito e outros projetos sociais, como construção de casas populares e incentivo à inclusão bancária.

Caixa Objetivos do Milênio

Além disso, a instituição quer reestruturar o programa Caixa ODM. Criado em 2006, ele é voltado a comunidades de baixa renda — como catadores de materiais recicláveis, quilombolas, indígenas e artesãos — e premia todo ano projetos feitos por esses grupos. Além do prêmio, os vencedores recebem o acompanhamento de um comitê de funcionários voluntários do banco, que cuidam de inseri-los em programas do governo, incentivam a inclusão digital e oferecem outras ações. As iniciativas do Caixa ODM são normalmente acompanhadas de outras parcerias, com gestores municipais, universidades e iniciativa privada, o que acaba gerando outros tipos de apoio a essas populações.

A assistência do PNUD consistirá em preparar os funcionários e atuar com eles nesses projetos. Hoje, não há uma forma padronizada de ação para os 90 comitês de funcionários, que acabam atuando de forma “empírica”, segundo Korbes. Com a parceria, será criada uma metodologia de gestão e implementação para que o projeto possa medir os impactos nos locais. “O que se precisa fazer é aperfeiçoar esse trabalho, para que o Caixa ODM tenha resultados estruturantes, de forma que possam ser posteriormente medidos. Queremos promover uma mudança estruturada e sustentável”, declara.

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Fonte de informação:  PNUDLink abrirá em uma nova janela ou aba.

One Comment

  1. gostaria de saber se existem planos governamental para inscriçao ou inclusao de pessoas com nessecidades especiais para casas populares, apartamentos no interior do estado de sao paulo, mais especificamente em piracicaba ou rio das pedras; que pudesse beneficiar a minha famulia e as demais que se encontram com as mesmas condiçoes.

    Att,

    Grata

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