
(InfoAtivo.Defnet Nº 4310 – Ano 13 – 03/12/2009)
DIA INTERNACIONAL DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA – 3 DE DEZEMBRO
Todo ano, no dia 03 de Dezembro, devemos comemorar o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência. Neste ano a ONU sugere um tema: o emponderamento das pessoas com deficiência e suas comunidades em um mundo de desigualdades e multiplas barreiras, através da Metas para o Desenvolvimento Global que devem se tornar mais inclusivas. Para reforçar este lema, e, estimulando essa comemor-ação coletiva, indo um pouco além, confirmo que o emponderamento precisa começar no mais profundo de cada sujeito em situação de deficiência, ou seja, além de plural, o direito à diferença, deve ser conjugado e apropriado no singular de cada um e de cada heterogeneidade humana. E que, para uma transformadora postura de defesa dos direitos humanos temos de fazer, qual um leitor do Kama Sutra, um exercício ‘contorcionista’ de nossos mais arraigados preconceitos.
No título inventado pode parecer que pretendo discorrer sobre as questões da invisibilização da(s) sexualidade(s) das pessoas em situação de deficiência , assim como a negação preconceituosa das multiplas formas de ser e estar amando e vivendo o sexo, independente e ativamente, para além de quaisquer normas ou produções de subjetividade. Talvez seja a primeira aproximação ou melhor o primeiro pré-conceito que teria de abordar ao ligar dois campos que ainda se cercam de tabus, anedotas ou de banalizações. O título, porém, me veio à mente quando passava por uma estante de uma livraria, nela constatei que ainda há uma relação direta das questões de sexualidade, dentro do modelo Kama Sutra, apenas com os livros de Psicologia, Psicanálise, Psiquiatria e campos afins, ocupando prateleiras contíguas. E ao ver que os livros, como o Kama Sutra, ainda são colocados juntos dos manuais de auto ajuda, conversei com meus próprios preconceitos. Pensei que um dos temas a ser abordado nesse dia em que se comemora, logo após o dia de luta contra a Aids, a necessidade de “um dia para promover os Direitos Humanos de todas as pessoas com deficiência”, segundo proposta da Assembléia Geral das Nações Unidas, desde 1982, poderia ser o de sua(s) sexualidade(s).
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