O Manifesto pela inclusão “Ser Diferente é Normal, e os Direitos são Iguais”, do Instituto MetaSocial, foi lançado na ONU, em NY, neste Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, 3 de dezembro, que teve como tema “Incluindo as pessoas com deficiência nos Objetivos do Milênio”. No evento, o cantor Stevie Wonder foi anunciado como Mensageiro da Paz, com a incumbência de promover os direitos deste segmento muitas vezes marginalizado da sociedade.

A campanha, ao mesmo tempo que combate o preconceito, chama a atenção a respeito da Convenção da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, aprovada pelo Brasil com status constitucional em 2008, mas ainda desconhecida do público.
Representantes do Instituto MetaSocial assistem a nomeação de Stevie Wonder como Mensageiro da Paz no salão de Conferências
De uma forma descontraída, a campanha convida o internauta a se colocar na pele de quem tem síndrome de Down. Assim ele vê como ficaria com os olhos puxados característicos da síndrome e reconhece que “Ser Diferente é Normal”.

“O que nos motivou a tomar essa iniciativa foi uma pesquisa da FIPE que constatou que mais de 90% da população tem algum tipo de preconceito contra minorias, sendo que o maior índice é com relação às pessoas com deficiência intelectual”, disse Patricia Almeida, Coordenadora do MetaSocial em Nova York.
10% da população mundial tem alguma deficiência. No Brasil, o número chega a quase 15% dos brasileiros. Mais de 80% das pessoas com deficiência nos países em desenvolvimento vivem abaixo da linha da pobreza.
A Convenção da ONU diz que os Estados devem tomar medidas para garantir as adaptações e apoios necessários para que as pessoas com deficiência possam usufruir de todos os direitos em igualdade de condições com as outras pessoas.

Patricia Almeida diz ainda que a acessibilidade é interesse de todos: “ se não morrer jovem, todo mundo vai precisar de uma rampa, um elevador, caracteres ampliados, por exemplo. Quem tem deficiência não é menos nem mais do que ninguém. O que a gente quer com essa campanha é que cada um chegue à conclusão de que apesar das pessoas parecerem diferentes, pensarem diferente, se comunicarem diferente, todo mundo tem o mesmo direito de estar incluído na sociedade e viver a vida”, concluiu.
