MESA REDONDA SOBRE RESIDÊNCIAS INCLUSIVAS PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIAS

Como parte do
ENCONTRO INTERNACIONAL DE TECNOLOGIA E INOVAÇÃO
PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
Realização: Fundação Faculdade de Medicina – SP
Apoio: Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência São Paulo – Governo do Estado de São Paulo
Organização: REDE DE REABILITAÇÃO LUCY MONTORO
Digitado em São Paulo por Maria Amélia Vampré Xavier, da Rede de Informações Área Deficiências da SEAD-Secretaria Estadual de Assistência e Desenvolvimento Social de São Paulo, FENA´PAEs, Brasília (Diretoria para Assuntos Internacionais) , Rebrates, SP , Carpe Diem, SP, Sorri Brasil, SP, Inclusion InterAmericana e Inclusion International em 16 de dezembro, 2009
Há mais de dois anos que um grupo de pais, de interessados, de integrantes de secretarias de governo vem se encontrando aproximadamente uma vez por mês em São Paulo para debatermos a situação precária de pessoas com deficiência intelectual que estão envelhecendo e que, devido ao avanço da idade de seus pais que traz muitas limitações, vêem-se frequentemente em situação de vulnerabilidade social. São necessárias importantes políticas públicas que acolham esses cidadãos idosos, segmento sempre esquecido de nossa população, quando seus pais não estiverem mais vivos para olhar por eles, ou demasiado cansados ou doentes eles próprios.
Um dos resultados mais expressivos da Convenção das Nações Unidas sobre s Direitos das Pessoas com Deficiência, documento de maior expressividade em todo o mundo presentemente, no capítulo DEFICIÊNCIAS, é exatamente reconhecer que pessoas com deficiências são cidadãs iguais às outras e não devem morar em nosocômios populosos, sem vida própria e sem luz, e sim morarem em casas comuns de algum bairro comum de uma cidade, onde se sintam bem, tenham amigos e desenvolvam atividades pelas quais se interessem.
A questão das residências para pessoas com deficiência intelectual, entre outras, vem merecendo atenção há mais de vinte anos no Brasil e algumas APAES têm se proposto fundar algumas dessas casas em seus municípios e o tem feito com sucesso, embora enfrentem muitas dificuldades com os fundos necessários para a manutenção das residências e o pagamento da equipe de profissionais que trabalham nas casas. Sem dúvida, a experiência tem comprovado que temos feito muito pouco nessa área não porque nos faltem idéias, nem experiências realizadas nas quais poderíamos nos basear, mas porque o assunto – pessoa com deficiência intelectual que envelhece – ainda é um assunto novo em nossas reflexões.
Até há muito pouco tempo, as entidades que se interessam por pessoas com deficiências cuidavam mais de suas atividades, seus interesses ocupacionais, sem atentar para o fato de que ao envelhecer as pessoas com deficiência intelectual vão perdendo algumas posturas diante da vida, esquecem às vezes de tarefas que até há pouco tempo realizavam sem dificuldades, tudo isso a exigir novos planejamentos para suas vidas e sua colocação numa residência inclusiva, onde possam morar com alegria, fazendo parte ativa da comunidade, da vizinhança que as rodeia.
É um motivo de alegria para nós que militamos há meio século na área das deficiências, e que fomos envelhecendo com nossos filhos com limitações, ver que uma personalidade tão conhecida e respeitada como Dra. Linamara Battistella, Secretária de Estado dos Direitos das Pessoas com Deficiência vem pondo toda sua energia e inteligência não somente em aspectos médicos, como alguns de nós temiam, mas em toda a complexidade que cerca a qualidade de vida de pessoas com necessidades especiais, para as quais em muito boa hora o Governador Serra criou a Secretaria de Direitos das Pessoas com Deficiência e a confiou às mãos hábeis de Linamara Battistella.
Ficamos honradas de ter recebido um convite de Dra. Linamara para participar da Mesa Redonda sobre Residências Inclusivas, que ocorreu como programa paralelo ao Encontro Internacional de Tecnologia e Inovação para Pessoas com Deficiência, realizado no WTC – Convention Center – Piso C , Av. das Nações Unidas 12.559 São Paulo, durante todo o dia 10 de dezembro, 2009.
Mais felizes ainda ficamos com a Mesa, coordenada pelo querido amigo e grande ativista e conhecedor de deficiências, o Tuca Munhoz, que é Presidente do INSTITUTO MID para a participação social de pessoas com deficiência.
Tivemos as presenças de:
Nikola Lafrenz – Secretária Executiva do Ministério do Trabalho e Assuntos Sociais da República Federal da Alemanha – Berlim RFA.
Elvira Cortajarena Iturrioz – Delegada do Governo Basco na Argentina,
Representante da Espanha
Isabel Cristina Pessoa Gimenes – Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência – Rio de Janeiro
E, ainda, com prazer, como integrantes que somos das lideranças apaeanas, tivemos a colaboração de
Vânia Melo Bruggner Grassi – Diretora Técnica da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Bauru – APAE – Bauru/SP.
Todas as participantes da Mesa fizeram brilhantes exposições, mas gostamos de maneira especial de como Vânia, da APAE de Bauru descreveu com emoção, em pormenores, o funcionamento da casa aberta pela APAE de Bauru para ex-alunas adultas que precisavam de um lar que as acolhesse, não por caridade, mas como complementação de todo o trabalho de construção de vidas autônomas e valorizadas em que a APAE de Bauru vem se destacando há anos entre as muitas APAES do Estado de São Paulo. A APAE de Bauru é uma das grandes referências das APAES do Estado de São Paulo.
Como consta do programa organizado pela Rede de Reabilitação Lucy Montoro, devemos ter em mente o que ali está escrito:
É notória a importância da família na vida das pessoas com deficiência. Na ausência do suporte familiar, o Estado deve oferecer condições para garantir a dignidade desses indivíduos. Existem experiências bem sucedidas de residências inclusivas que são modelos de serviço público a serem replicados.
Fico feliz e gostaria muito que essa discursão acontecesse com mais frequência e realmente surtisse frutos, nos que somos pais de jovems com deficiência temos a oportunidade de conhecer esta realidade que nos assola e nos preocupa porque realmente precisa-se pensar com urgência de que forma poderemos contribuir com tantas instituições no Brasil,que tem esta clientela e precisa pensar em modelos bem sucedidos para termos a possibilidade de garantir qualidade de vida pra pessoas idosas e que coinscidentemente possui uma deficiência.
Gostaria de participar e interargir com essas mentes brilhantes.
A velhice em si, requer simples adequaçoes que os construtores só pensam no capitalismo ganancioso.
Tenho 55 anos, tive paralisia infantil.
Aqui em Fortaleza, não temos acessibilidade…. Parece que os nossos governantes não analizam, que o Brasil, em 20 anos, terá uma população de terceira idade.
Tento interagir com as associações e conselhos p/ refletir sobre a cidadania de todas as deficiencias.
Esperançosa de sermos idealizadores e realizadores.
Boa Tarde,
O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP criou o seu novo canal de Saúde Rede de Reabilitação Lucy Montoro acesse a plataforma digital via internet pelo endereço:
http://lucymontoro.hctv.com.br/
Depto de Divulgação HCTV
Boa noite
Tenho um sobrinho deficiente físico, e gostaria de saber mais sobre as residencias inclusivas, qual estado e ou cidade tem esse projeto.
Obrigada
Aguardo retorno
Eunice Sales