Editorial de Maio 2008 do Canal Down21
http://www.down21.org/revista/marcos/conjunto_revist.asp?enlace=../editorial.asp?id=5
Víktor Frankl, em seu livro “O homem em busca de sentido”, recomendava
que como complemento da Estátua da Liberdade, situada na Costa Leste
dos Estados Unidos, deveria ser erguida a Estátua da Responsabilidade na
Costa Oeste.
A liberdade não pode ser atingida quando não se assume um grau
equiparável de responsabilidade. As pessoas com síndrome de Down, se
pretendem atingir o objetivo de serem cidadãos comuns, compartilhando
direitos e deveres com os demais, têm de assumir responsabilidades.
Porém não poderão atingir este objetivo, se os pais não lhes dão essa
oportunidade.
A diferença dos garotos e garotas sem deficiência, é que na maior
parte dos casos, eles solicitarão e até exigirão seus próprios espaços
de liberdade em determinados momentos de sua vida.
No caso dos jovens com síndrome de Down, se os pais não abrem essa
janela, eles, em sua maioria, não reivindicam essa liberdade. Pois
estão nas mãos dos pais, e são eles os que podem abrir o punho para
liberá-los. É indubitável que as limitações em sua capacidade
intelectual fazem com que muitas das responsabilidades que podem chegar a
assumir sejam parciais e precisem de um certo grau de apoio. A
escolarização consegue melhores resultados com ajudas especíificas.
O emprego em empresas comuns baseia-se no trabalho com apoio. E as
experiências de vida independente sustentam-se habitualmente em
algum tipo de convivência supervisionada. No entanto, é tão tênue a
linha que separa o medo da prudência, que nunca se sabe em que lado se
encontra. Um pai de uma jovem com síndrome de Down dizia “Já é
bastante terem seus medos, além de terem que carregar os nossos”.
Em última instância são os nossos medos que nos impedem de liberá-los. Eles
carregam os seus medos e os nossos, como pais, e o limite de sua
liberdade fica no limite desse temor.
A menina pequena que dá seus primeiros passos tem que se liberar do
temor de sua mãe que caia e se machuque. O aluno que começa no
colégio, tem de vencer o medo de seu pai de lhe empurrem, que possam
rir dele e que não consiga aprender a ler. O adolescente que utiliza o
ônibus tem de superar a preocupação de seus pais de que possa se perde
ou se aproveitarem dele. A pessoa adulta que começa num emprego,
tem de se elevar sobre a apreensão de seus genitores de que
fracasse, que não seja bem acolhido na empresa e de que falhe em suas
tarefas.
Em último termo, a independência das pessoas com síndrome de Down
passa pela superação de seus medos, que em na realidade são os nossos.
Os espantalhos são utilizados para dar medo às aves e evitar, desse
modo, que devorem as sementes. Se os pássaros soubessem disso,
compreenderiam que precisamente onde estão os espantalhos, se encontra
a comida. Do mesmo modo, se os pais detectam onde estão seus próprios medos e souberem vencê-los, encontrarão o ponto onde alimentarão a liberdade de seus filhos e sua maturidade como pessoas.
Nossos espantalhos, nossos terrores, assinalam-nos onde se tenha o
alimento que nos permitirá crescer. O que tememos nos indica sempre os
limites de nossas possibilidades, as fronteiras do próprio
desenvolvimento. Ninguém pode conseguir o controle de sua própria vida
se não lhe permitir assumir suas próprias responsabilidades.
As pessoas com síndrome de Down poderão crescer se deixarmos
experimentar, provar, tentar, tropeçar e levantar-se, equivocar-se e
corrigir seus próprios erros, falhar e aprender com a crítica e ter
seus próprios arrependimentos. Tudo isso com equilíbrio e bom senso.
Mas com a certeza que deve aprender, de modo geral, da sua própria experiência.
Tradução:
Luiz Augusto
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Texto original:
http://www.down21.org/revista/marcos/conjunto_revist.asp?enlace=../editorial.asp?id=5
Nuestros Miedos
Víktor Frankl, en su libro “El hombre en busca de sentido”, recomendaba que como complemento de la Estatua de la Libertad, situada en la Costa Este de Estados Unidos, se debería erigir la Estatua de la Responsabilidad en la Costa Oeste. La libertad no puede alcanzarse si no se asume un grado equiparable de responsabilidad.
Las personas con síndrome de Down, si pretenden alcanzar el objetivo de ser ciudadanos corrientes, compartiendo derechos y deberes con los demás, han de asumir responsabilidades. Pero no podrán si los padres no les dan esa oportunidad. A diferencia de los chicos y chicas sin discapacidad, que en la mayor parte de los casos solicitarán y hasta exigirán sus propios campos de libertad en determinados momentos de su vida, en el caso de los jóvenes con síndrome de Down, si los padres no abren esa ventana, en su mayoría no demandarán esa libertad. Están en manos de los padres y son los padres los que pueden abrir el puño para liberarlos.
Es indudable que las limitaciones en su capacidad intelectual hacen que muchas de las responsabilidades que pueden llegar a asumir sean parciales y precisen de un cierto grado de apoyo. La escolarización consigue mejores resultados con las ayudas precisas. El empleo en empresas ordinarias se basa en el apoyo laboral. Y las experiencias de vida independiente se han sustentado habitualmente en algún tipo de convivencia supervisada. Sin embargo, es tan delgada la línea que separa el miedo de la prudencia, que nunca sabe uno en qué lado se encuentra.
Un padre de una joven con síndrome de Down decía “bastante tienen con sus miedos, para además tener que cargar con los nuestros”. En último caso son los miedos los que nos impiden liberarles. Ellos cargan con sus miedos y con los nuestros como padres y el margen de su libertad se mueve alrededor del margen de ese temor.
La niña pequeña que da sus primeros pasos se ha de liberar del temor de su madre a que se caiga y se haga daño. El escolar que comienza en el colegio, ha de vencer el miedo de su padre a que le empujen, a que se rían de él, a que no pueda aprender a leer. El adolescente que utiliza el autobús, ha de superar la preocupación de sus padres por si se pierde o se aprovechan de él. La persona adulta que comienza en un puesto de trabajo, ha de elevarse sobre la aprensión de sus mayores, a que fracase, a que no la acojan bien en la empresa, a que falle en sus tareas.
En último término, la independencia de las personas con síndrome de Down pasa por la superación de sus miedos, que en realidad son los nuestros. Los espantapájaros se utilizan para dar miedo a las aves y evitar de ese modo que devoren las semillas. Si los pájaros supieran eso, comprenderían que precisamente donde están los espantapájaros, se encuentra la comida. Del mismo modo, si los padres detectan dónde están sus propios miedos y saben vencerlos, encontrarán el punto donde se alimentará la libertad de sus hijos, su madurez como personas. Nuestros espantapájaros, nuestros terrores, nos señalan dónde se haya el alimento que nos permitirá crecer. Lo que tememos nos indica siempre los límites de nuestras posibilidades, las fronteras del propio desarrollo.
Nadie puede conseguir el control de su propia vida si no se le permite asumir sus propias responsabilidades. Las personas con síndrome de Down podrán crecer si les dejamos experimentar, probar, intentarlo, tropezar y levantarse, equivocarse y corregir sus propios errores, fallar y aprender de la crítica, escarmentar en cabeza propia. Todo ello con equilibrio y sentido común. Pero con el convencimie
nt
o que han de aprender, en suma, de su propia experiencia.