
A advogada Andrea Moquedace, de 41 anos, procurou três escolas particulares para o filho Gustavo, de 6 anos, que tem paralisia cerebral. Não recebeu recusa direta, mas avisos de que “não daria certo”. Ouviu que a instituição tinha muitas escadas (o menino usa cadeira de rodas), que o colégio teria de preparar um profissional para acompanhá-lo e até que deveria contratar uma cuidadora para ficar ao lado da criança na sala de aula.
Desde o início deste ano, cursa o 1.º ano (antigo pré) na Escola Municipal Londres, no Engenho de Dentro, no Rio. Está em uma turma regular, com outras 20 crianças de sua idade. A única diferença é que, desde segunda-feira, uma estagiária de Pedagogia o acompanha.
“Fiquei apavorada com a proposta de o Gustavo ir para uma turma regular. Não aceito que meu filho tenha uma falsa inclusão, que vá para uma escola para que fique largado em um canto. Não acreditava no trabalho do município”, afirma a advogada.
A má impressão se desfez nos dois primeiros meses de aula. “Estou surpresa com o desenvolvimento dele, com o carinho com que foi acolhido pelas outras crianças. Ele está independente, vai logo se despedindo quando chega à escola. Sei que meu filho não vai sair daqui sabendo física e química e falando inglês. Mas acredito que ele só tem a ganhar”, afirma.
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Clarissa Thomé – O Estadao de S.Paulo
Fonte: O Estado de São Paulo