UFPE oferece palestra sobre audiodescrição

Pessoas com deficiência visual assistem a filmes, propagandas, documentários, reportagens, vão a peças de teatro, a óperas, a espetáculos de dança e até a desfiles de moda. A inclusão cultural de pessoas com deficiência visual é possibilitada pela técnica de tradução de imagens conhecida como audiodescrição. Para falar do tema, o Centro de Estudos Inclusivos (CEI) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) traz à Recife, nessa sexta-feira (9), a professora Doutora Lívia Maria Villela de Mello Motta – uma das pioneiras na utilização dessa técnica no Brasil.

O evento é dirigido a profissionais das áreas de comunicação e artes e será realizado das 19h às 21h, no auditório do Centro de Educação da UFPE. A palestra é gratuita e contará com a participação de um intérprete de libras (língua brasileira de sinais). A palestrante falará sobre as múltiplas possibilidades de utilização do recurso em eventos culturais, como palestras, seminários, peças de teatro, óperas e até eventos turísticos. Lívia Motta atua há cerca de 10 anos como audiodescritora, tem doutorado em linguística pela PUC/SP e atua também como formadora de audiodescritores em São Paulo.

“Audiodescrição é a arte de transformar aquilo que é visto no que é ouvido”, define Lívia. Com este recurso, é possível conhecer cenários, figurinos, expressões faciais, linguagem corporal, entrada e saída de personagens de cena, bem como outros tipos de ação, utilizados em televisão, cinema, teatro, museus e exposições.

Segundo o Censo 2000, do IBGE, há no país 16,6 milhões de pessoas com deficiência visual (9,8% da população), sendo 150 mil cegas. Só em Pernambuco, são 964 mil pessoas com alguma deficiência visual (12,1% da população). A acessibilidade comunicacional é um direito desses cidadãos garantido pela lei federal 10.098/99, que prevê a eliminação de barreiras na comunicação, além da adoção de alternativas técnicas que tornem acessíveis os sistemas de comunicação e sinalização. O decreto 5096/2004 – que regulamenta a lei 10.098 – prevê a obrigatoriedade da audiodescrição na televisão brasileira.
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Fonte: Núcleo da Diversidade

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