Acesso à água pode ser passaporte para inclusão escolar de meninas
Por Carlos Araújo, da Rádio ONU em Nova York
Segundo especialista da ONU, esse é um fator fundamental na capacitação de meninas através da educação; Catarina de Albuquerque citou o tempo que as crianças nos países pobres, particularmente meninas, perdem por dia ao percorrerem longas distâncias para buscar água.
O acesso à água potável e saneamento é um fator fundamental na capacitação das meninas através da educação.
A afirmação foi feita nesta segunda-feira pela especialista independente das Nações Unidas sobre o tema, Catarina de Albuquerque, em sessão do Conselho de Direitos Humanos em Genebra.
Perdidos
Ela disse que a falta de acesso à água e saneamento em casa impede as meninas de irem à escola, leva a muitos dias de aula perdidos e eventualmente as obriga a abandonarem o ensino.
A relatora da ONU falou ainda sobre a importância da educação sobre esses direitos, incluindo a higiene, para a capacitação de meninas e mulheres.
Catarina de Albuquerque enfatizou o tempo que as crianças nos países pobres, particularmente meninas, perdem por dia ao percorrerem longas distâncias para buscar água.
Ela afirmou também que a falta de acesso à àgua potável e saneamento tem forte impacto na saúde e gera muitas doenças que poderiam ser evitadas.
Catarina de Albuquerque disse à Rádio ONU, de Genebra, que o acesso à água pode ser passaporte para o acesso à educação.
Aulas Perdidas
“Em escolas em que as condições sanitárias são deficientes as meninas, especialmente a partir do momento em que começam a ficar menstruadas, deixam de ir à escola pois tem vergonha, porque não querem partilhar os mesmos banheiros com rapazes, particularmente em época do mês em que se sentem mais vulneráveis. Portanto a existência de banheiros em condições e separados aumenta em 11% a participação escolar das meninas”, afirmou.
Catarina de Albuquerque disse que 443 milhões de dias escolares são perdidos por ano no mundo devido a doenças provocadas pela falta de água potável e saneamento.
*Apresentação: Daniela Traldi, da Rádio ONU, em Nova York.
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Fonte: Rádio ONU/Envolverde