Campinas, SP, 08 (AFI) – Considerando o ato repugnante do racismo, a Copa do Mundo da África do Sul poderá ser grande marco da luta contra o preconceito racial. Pelo menos é o que espera Samuel Eto’o, de Camarões. Segundo o atacante, a realização do Mundial poderá contribuir para o fim da segregação étnica, algo bem conhecido por sul-africanos que viveram nos tempos do apartheid.
O jogador revelou que tem sofrido preconceito com as ofensas das torcidas européias de todos os clubes que defendeu. Com isso, fica perceptível que o tão ostentado futebol da Europa precisa “evoluir”, pelo menos por parte dos cidadãos europeus que frequentam os estádios.
Eto’o contou que na Inter de Milão, seu atual clube, as ofensas tem se repetido e citou Nelson Maldela, líder do movimento contra a segregação racial, entenda-se apartheid, como inspiração para superar a pressão.
“Nunca foi fácil e até o final da minha carreira não será fácil. Mas talvez esta Copa do Mundo, sendo a primeiro na África, consiga mudar as atitudes. Eu espero que isso aconteça, mas eu sofri muito na Itália neste ano. Portanto, não é apenas um país onde existe racismo. Mas para obter essas conquistas, você tem que passar por isso. E é por isso que é incrível que nós estejamos jogando no país onde meu ídolo, Madiba (Nelson Mandela) vive”, apontou Eto’o.
Copa do Mundo
A seleção de Camarões integra o Grupo E ao lado de Japão, Dinamarca e Holanda. A estreia será no dia 14 de junho contra o Japão.
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Fonte: Agência Futebol Interior