
Eduardo Purper
Nas últimas duas semanas só se fala no maior espetáculo de futebol da terra: a copa do mundo.
A África do Sul está se esforçando para fazer um belo mundial. Até mesmo a imprensa sul africana, que é mais aberta ao rugby, está se rendendo à paixão mundial, o futebol.
Mas a copa não está empolgando dentro de campo. Seleções fraquíssimas, um medo de perder sobrehumano que impede os jogadores e os telespectadores de desenvolverem o entusiasmo costumeiro pela disputa.
Já fora de campo, há uma guerra entre jornalistas e treinadores das várias seleções que fazem parte deste certame.
Nesta guerra se destaca especialmente o nosso “maravilhoso” treinador, ou como diz um comentarista esportivo da praça, “administrador de campo”: Dunga.
Uso esta expressão porque, antes de chegar ao nosso maior time, Dunga jamais havia sido treinador de futebol, começou sua carreira onde todos desejam terminar: a seleção canarinho.
Pelo visto, antes de aprender sobre futebol, o comandante já aprendeu com outros técnicos justamente o que não deveria: a falta de educação com a imprensa.
Além disto, fecha quase todos os seus treinamentos. Será que fechar treinamentos e não deixar os jornalistas trabalharem ganha jogo, ou dá mais bola para os jogadores? Será que foi por isto que o nosso centro avante Luís Fabiano fez dois gols no último jogo? Com certeza não.
Quero lembrar o nosso treinador que a seleção brasileira não é uma ilha.
Não quero aqui, já que falei em liberdade, tirar o direito do Dunga de discordar de algumas posturas adotadas pela imprensa.
Tenho certeza de que, usar palavrões não é a forma mais adequada de expressar qualquer opinião, ainda mais quando se é o representante do povo brasileiro em uma coletiva internacional de imprensa.
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Sobre o autor:
Eduardo Purper é jornalista e colaborador da Inclusive.
É um dos responsáveis pelo site A Palavra É Sua.