Respeito ao diferente

O que o cão vira-lata tem em comum com a arara de bico torto? A princípio, parece que um não tem nada a ver com o outro. Mas, se pensar bem, essa é justamente a questão: são apenas diferentes dos demais bichos da mesma espécie. O problema é que os dois sofrem preconceito por isso nos livros A Ararinha do Bico Torto e Pituxa, a Vira-lata (Walcyr Carrasco, Editora Ática, 40 págs., R$ 24,90 cada).

Na floresta, abandonada pelos pais por ter deficiência no bico, a ararinha é jogada para fora do ninho e resgatada por Mário, garoto que adora a natureza. Levada para a cidade, ela tem de aprender a se alimentar sozinha e superar o pequeno defeito.

A outra obra conta a trajetória da cadelinha Pituxa, que vivia na rua. Certo dia, é adotada pela mãe de Alice, garota mimada que tem dois pastores-alemães. Rejeitada pela menina e pelos cachorros por não ter raça, a cadela é obrigada a se virar para tentar fazê-los mudar de ideia a seu respeito.

Gabriel Mariano da Silva, 8 anos, de São Bernardo, leu os livros e disse ter aprendido grande lição com as histórias de Pituxa e da ararinha. “No mundo inteiro, muitas pessoas são diferentes. Elas não conseguem viver sozinhas. Temos de ajudá-las a serem felizes.”

Gabriel também descobriu que apesar de cada pessoa ter o próprio jeito de ser, o importante é não ver isso com preconceito, afinal, todos têm os mesmos direitos. “Ajudando os outros, todo mundo fica muito mais feliz”, afirma.

Os livros – tem ainda o terceiro, chamado Meus Dois Pais – fazem parte da série Todos Juntos, que discute a aceitação e a convivência com as diferenças.
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Fonte: Diário do Grande ABC

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