Livro das juventudes sul-americanas

Qual o papel da juventude nas mudanças em curso em nosso continente? Como podem contribuir para a renovação da política e consolidação da democracia? Quais demandas, lutas políticas, formas de organização e de solidariedade esses(as) jovens têm construído no início deste novo século? Seria possível falar na existência de “identidade geracional” ou, ao menos, de uma agenda comum para ação de jovens sul-americanos?

Buscar respostas para essas questões foi o objetivo do Projeto Juventudes Sul-americanas: diálogos para a construção da democracia regional. O projeto foi realizado no Brasil, pelo Ibase em parceria com o Instituto Pólis, com apoio do International Development Research Centre (IDRC), em conjunto com uma rede de entidades de outros cinco países envolvidos, a saber: Fundación SES (Argentina), U-PIEB (Bolívia), CIDPA (Chile), Base-IS (Paraguai) e Cotidiano Mujer e Facultad de Ciências Sociales da Universidad de la República (Uruguai). Essa rede foi ampliando suas interlocuções à proporção que o projeto foi se desenvolvendo.

Hoje, podemos dizer que foram cerca de 50 as organizações que contribuíram para viabilizá-lo. Durante dois anos, foram realizadas pesquisas, intercâmbios entre pesquisadores(as), discussões no espaço acadêmico; grupos de diálogo entre jovens em cada país e de diferentes países; informações da pesquisa foram divulgadas nos meios de comunicação, assim como, em cada país, foram utilizadas para qualificar ações de incidência de grupos, redes e movimentos juvenis no espaço público. Ao mesmo tempo, as informações acumuladas legitimaram a interlocução com os poderes públicos nos distintos países e com gestores(as) públicos(as) envolvidos(as) em espaços de articulação regional. Em conjunto, a produção de conhecimento e as ações desenvolvidas convergiram para um objetivo maior: impulsionar a participação juvenil para lograr o aperfeiçoamento e a efetividade de Políticas Públicas de Juventude.

No decorrer do processo, de acordo com as distintas fases da pesquisa, foram produzidos relatórios nacionais e regional; cadernos de diálogos nacionais e regional; publicações acadêmicas; cadernos para trabalho com jovens; dois livros coletivos e um considerável material iconográfico. Vídeodocumentários também foram produzidos por ocasião do encontro de jovens para o grupo de diálogo em cada país e no Rio de Janeiro, onde se reuniram com a participação dos seis países.

E qual o objetivo da presente publicação? A publicação, composta de partes independentes entre si, pode ser lida em sequências diferentes pretende trazer informações úteis e provocar reflexões. Trata-se de um livro com múltiplos usos para vários tipos de leitores(as). É um livro para iniciados(as). Pode despertar interesse de jovens ou pessoas adultas, pesquisadores(as) dedicados(as) ao tema e/ou engajados(as) nas causas das juventudes sul-americanas (militantes-estudiosos(as) e/ou estudiosos(as)-militantes); e de gestores(as) de Políticas Públicas de Juventude, pois divulga informações inéditas das pesquisas comparativas anteriormente citadas. Mas é, também, um livro para iniciantes, pois reúne informações úteis para quem começa a se interessar pelo assunto.

Acolher a diversidade de situações e interpretações é uma das características (e, a nosso ver, a maior vantagem) desta nossa experiência de pesquisa em rede. Por outro lado, os conteúdos veiculados neste livro reafirmam a nossa aposta comum nas juventudes sul-americanas e no seu potencial renovador para a democracia da região. Nada de novo se fará sem eles e elas. O vídeodocumentário Diálogos, que acompanha o livro, permite-nos ver imagens e ouvir algumas de suas vozes.

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Fonte: IBASE

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