Tradução – Patricia Almeida, para a Inclusve
Mahon (Menorca), 30 out (EFE) .- O presidente da Down Espanha, Jose Fabian Camara Perez, disse hoje em Mahon que chegou a hora das pessoas com síndrome de Down “falarem por si próprias e reivindicarem” suas necessidades e direitos, e que seus pais deixem de ser seus interlocutores.
Camara Perez salientou o papel desempenhado pelos irmãos de pessoas com síndrome de Down que vêm os irmãos diferentemente dos pais, ao tratá-los como iguais e reivindicarem o mesmo que têm para si para seus irmãos.
O presidente da associação fez as declarações durante o XI Encontro Nacional das Famílias de Pessoas com Síndrome de Down a realizado no último fim de semana em Minorca diante de 400 participantes.Quase metade dos palestrantes eram pessoas com síndrome de Down, como era o caso da jovem Blanca San Segundo, que afirmou que eles já “tomaram a palavra” para reivindicar seus direitos em “primeira pessoa” e que querem continuar a avançar na realização de suas demandas.
“Ninguém melhor do que nós para dizermos como queremos o nosso futuro e para lutar por nossos sonhos. Agora queremos falar abertamente, escutem-nos e deixem-nos seguir nosso próprio caminho, mesmo que às vezes não seja o mais acertado”, disse para a platéia.
Por sua vez, o diretor-geral do Ministério da Saúde, Deficiência, Política Social e Igualdade, Jaime Alejandre, destacou o compromisso do Governo com a deficiência intelectual e explicou as diversas medidas já aprovadas pelo executivo, como a reserva de 2% de vagas de emprego público para pessoas com deficiência intelectual, acessibilidade em novas tecnologias e mudanças da legislação de seguros.
Alejandre indicou que em 2010 houve um aumento de 18% na criação de empregos para pessoas com deficiência e em 2011 também foram gerados mais empregos.
Para diretor-geral, o “fundamental” é o cumprimento dos direitos dessas pessoas, mas para isso é “essencial” o apoio econômico e financeiro”.
Foi por isso que o Governo aumentou este ano os investimentos em relação ao ano passado para a referida população, concretamente com 48 milhões em recursos procedentes do imposto de renda e outros 45 milhões para apoiar associações de síndrome de Down.
Por outro lado, Pilar Sanjuan, professora e membro do conselho da Down Espanha, disse que a família deve ser a primeira escola para essas pessoas e não pode delegar toda a responsabilidade pela educação à escola.
Deve ser criado um ambiente que incentive o desejo de aprender nas famílias para estimular a curiosidade e incentivar a autonomia e tomada de decisão. Além disso eles devem ser orientados a pedir ajuda, ao mesmo tempo respeitando a sua privacidade.
Fonte: ABC/EFE
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