Por Letícia Cruz
da Rede Brasil AtualEmpresas querem que regras para contratação de trabalhadores deficientes sejam mudadas, alegando dificuldade em encontrar mão de obra qualificada. Criada há 20 anos, a lei que prevê a contratação obrigatória de funcionários com deficiência física não pode retroceder, defende o secretário nacional de Políticas Sociais da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Expedito Solaney. Na semana passada, empresários e parlamentares debateram em audiência pública na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados a possibilidade de flexibilizar a legislação.
A Lei 8.213/1991 (Lei de Benefícios da Previdência Social) prevê que empresas com mais de 100 funcionários devem abrir, no mínimo, 2% de vagas a deficientes. O percentual aumenta conforme o tamanho do quadro de funcionários, alcançando 5% para companhias com mais de mil trabalhadores contratados. O número exato depende da quantidade total de funcionários.
O setor patronal, no entanto, afirma que não consegue cumprir a regra por enfrentar dificuldades para encontrar mão de obra qualificada. “É totalmente injustificável. A nossa posição foi muito clara de que não vamos retroceder de forma nenhuma na lei”, disse Solaney. Porém, segundo ele, nenhum representante dos trabalhadores participou da mesa de discussão. Será realizada nova audiência, ainda sem data prevista, com sindicalistas e o Ministério Público do Trabalho (MPT).
Segundo dados do Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 45,6 milhões de pessoas declararam-se com algum tipo de deficiência. Porém, nem 1% dos trabalhadores com vínculos empregatícios são deficientes. Solaney afirmou que, caso nada seja feito quanto à inclusão desses trabalhadores no mercado por meio de qualificação, o aumento da desigualdade social será inevitável. “Nós vamos argumentar (na próxima audiência) com muita segurança e sustentar com dados. Existem deficientes que têm tudo para ser admitidos”, disse.
Em países como a França, a cada 20 trabalhadores a empresa é obrigada a separar 5% para esse tipo de vaga. No Brasil, com 2% a cada 100, as queixas são, principalmente, de setores de transporte e terceirizados. Os problemas são adaptação dos equipamentos e o argumento da impossibilidade da dispensa dos funcionários deficientes após o final do contrato. Um representante de empresa, na audiência, mencionou o custo de adaptação das máquinas. “Disseram que é muito caro e é preferível pagar multa”, lamentou o dirigente da CUT.
Falta de empenho
O procurador do MPT Flávio Gondim também discorda que a lei precise ser mudada. Ele garante que um grande número de empresas se esconde atrás desse discurso da falta de disponibilidade de mão de obra qualificada e não se empenha como deveria para cumprir a cota. No entanto, admite que o Benefício de Prestação Continuada (BPC) – previsto na Lei 8.742, que garante assistência da seguridade social a deficientes e idosos, pode ser um entrave.
A solução, segundo Gondim, seria suspender o benefício enquanto o deficiente está trabalhando. Para as outras questões, como a falta de contratação, só o debate entre empresas e representantes dos trabalhadores pode conciliar. “Em especial, precisamos que as entidades representativas de deficientes se mobilizem e cooperem para aumentar o número de contratações, o que não tem ocorrido”, disse.
O deputado Laércio Oliveira (PR-SE), que convocou a discussão na Câmara, sugeriu que “um novo projeto seja encaminhado para que, de fato, as empresas consigam inserir pessoas com deficiência no mercado de trabalho”. O parlamentar é também vice-presidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Fonte: Rede Brasil Atual
bem , que as empresas se interessem ; elas mesmas qualificar as pessoas com deficiência. uma ótima solução, grande será a eficiência desses trbalhadores
Ola pessoal , bom dia!
Aproveitando este para desejar a todos um feliz Natal e Prospero Ano Novo.
Hoje 26/12/2011 -11:30, depois de ver uma matéria na TV Record(Hoje en Dia)Titulo”Superação”Observei e me reanimei a voltar a este assunto,que para min é muito constrangedor e “dolorido” e vi a luta do ATUAL JUIZ DESEMBARGADOR DR RICARDO TADEU MARQUES DA FONSECA ,ele conseguiu superar e mostrar a todos que tem capacidade e competência ,para estar onde esta, se eu pudesse gostaria de dar um abraço e aperto de mão pessoalmente, porque me indentifico com ele e apesar de muitas entidades voltadas a defesa do deficiente,lei de cotas e oportunidades, estes orgão não me”enxergão como deficiênte” EU NÃO ESCUTO NADA COM O OUVIDO DIREITO, ja com o esquerdo escuto muito bem,graças a Deus! e devido a esta deficiencia ,estou desempregado,não sou aceito em algumas empresas que fazem os testes de audiometria, apesar de ter mais de 25 anos de experiencia comprovada como motorista profissional,temtei fazer varios cursos para me qualificar profissionalmente, mas na minha ultima empresa em que trabalhei, fui considerado’ imcompetente e incapacitado” E AINDA FUI DEMITIDO POR QUE ESTAVA “ENXENDO O SACO DO MEU CHEFE” e desde então,não arrumo outro emprego, “NÃO ME ENCAIXO NA LEI DE COTAS” , “minha deficiencia é unilateral”, mas por não ter a audição ,sou rejeitado nos testes e entrevistas,se eu não falo”sou mentiroso” e se eu falar, sou descartado logo de cara, o que devo fazer então? , preciso trabalhar,sou casado,tenho treis filhos, um de 15 ,09 e 06 anos, estou com 49 anos, as contas estão todas atrazadas , meu nome vai pro SCPC, com o nome sujo vai ficar pior, atualmente vivo de doações e uns bicos que faço de ves em quando.
Venho com este alem de fazer este desabafo e pedir ajuda(não quero dinheiro,quero trabaho), gostaria de pedir que se fação uma revisão nesta lei de cotas e se possivel analizem o meu caso,estou disposta a falar em plenário se for preciso eservir de exemplo de “discriminação” , pois é assim que me sinto D I S C R I M I N A D O . não sou deficiente para a lei de cotas e não sou eficiente para as empresas .
Por favor analisem com carinho e me deem uma resposta.
Por enquanto é só.
Ass: Fortunato de Paula Trindade.
tenho uma pergunta sou deficiente visual cid h54,1 e h30,1 a empresa em que trabalho nao me contratou na lei de cotas eles podem fazer isso ?