O director dos serviços de informação do Vaticano, Pe. Federico Lombardi, veio a público explicar a não ratificação, por parte da Santa Sé, da convenção da ONU sobre pessoas com deficiência, algo que “era já de conhecimento de todos há muito tempo”.
A não assinatura dessa Convenção pela Santa Sé deve-se ao facto de, entre os direitos aos quais se faz referência no texto, se encontrar também o direito ao aborto.
“Não há nada de novo, a posição do Vaticano tinha sido já comunicada pelo observador da Santa Sé junto à ONU, arcebispo Celestino Migliore”, referiu. A Convenção entrou em vigor no último mês de Maio.
A Santa Sé critica, em particular, os artigos 23 e 25 da Convenção nos quais se preservam os direitos dos portadores de deficiência “à educação reprodutiva” e aos “meios necessários para exercitar esse direito”.
Mesmo reconhecendo a importância da Convenção no que diz respeito à tutela dos direitos dos portadores de deficiência, a Santa Sé entender ser oportuno opor-se ao texto, assinalando que a expressão “saúde sexual e reprodutiva” inclui, nalguns países “o aborto, negando assim o direito à vida de todo o ser humano”.
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