As linhas que compõem o livro são agitadas por questões atuais, pertinentes e urgentes, e talvez a maior delas seja a interrogação sobre o que pode a inclusão quando seguida na prática, em ação, no cotidiano da escola. Ação que se desenrola no encontro entre alunos surdos e ouvintes em escolas regulares. Assim, a autora segue as pistas produzidas no campo de pesquisa, movida por um modo de investigar que se faz ‘com’ o outro e não ‘sobre’ o outro.
O livro deixa entrever os desvios e as diferenças que os próprios atores produzem em suas inquietações. E o trabalho é, em última instância, a relação com a diferença, numa obra em que se põe em xeque a desqualificação das diferenças, investindo, ao contrário, no forte potencial transformador das práticas educacionais a partir da afirmação da diferença como destino e ontologia.