Campina Grande, PB: referência na prática da implantação do AEE

Ilustração de criança indo para a escola com mochila nas costas
Ilustração de criança indo para a escola com mochila nas costas

Campina Grande, PB – referência na prática da implantação do Atendimento Educacional Especializado/AEE

Marta Gil (*)

Graças ao empenho e à resiliência (prá usar uma palavra bonita, sinônimo de teimosia e insistência) de educadores e gestores municipais, já temos iniciativas exemplares no Brasil, que mostram a viabilidade e os resultados do processo de efetivação de uma Política Nacional na Perspectiva da Educação Inclusiva/2008 inclusivo. Aqui vai uma dessas iniciativas.

Em Campina Grande, município da Paraíba, a área da Secretaria de Educação responsável pela inclusão é a Coordenação de Educação Especial/Inclusiva, que evidencia seu compromisso desde o seu nome.

O compromisso dessa cidade com a Inclusão começou há mais de dez anos, quando foi selecionada como município-polo pela Secretaria de Educação, Alfabetização, Diversidade e Inclusão – SECADI, do MEC, na implantação do Programa Educação Inclusiva: direito à diversidade.

Iara de Moraes Gomes, coordenadora da Educação Especial/Inclusiva/SEDUC-CG conta uma das ações recentes, relacionadas ao AEE, com apoio intensivo da Secretaria de Educação Iolanda Barbosa:

No período de 2014 a 2015, nasceu a ideia do Caderno de Acompanhamento do Programa Salas de Recursos Multifuncionais – Atendimento Educacional Especializado (AEE) para o público-alvo da Educação Especial/Inclusiva, do Sistema Municipal de Ensino de Campina Grande/PB. Em 2016, uma versão do referido instrumento foi apresentada para as Professoras que, posteriormente, no segundo semestre do mesmo ano, tiveram acesso a uma cópia e vivenciaram a experiência de simular/testar com os alunos (as) público-alvo da Educação Especial (Deficiência, Transtorno Global do Desenvolvimento e Altas Habilidades/Superdotação) nas Unidades Educacionais (Escolas e Creches).

Após testagem, devolveram, com sugestões, à Coordenação de Educação Especial/Inclusiva, que fez as devidas alterações e encaminhou para a apreciação da Secretária de Educação Iolanda Barbosa, que autorizou a versão final e encaminhou ao setor de Design e outros encaminhamentos.

Em 2017, o Caderno foi oficializado na Formação Continuada para as Professoras do AEE e Cuidadores (as). No primeiro semestre de 2018, as Professoras apresentaram os mesmos preenchidos, junto a outras documentações que retratam os saberes e fazeres do AEE, com a demonstração do real sentido da metodologia deste serviço regulamentado pelo Decreto 6.571/2008 e a garantia do direito do público-alvo da Educação Especial em ter acesso ao serviço, a aprender e ter autonomia .

Caro Professor, quer conhecer mais sobre essa iniciativa? 

http://g1.globo.com/pb/paraiba/jpb-2edicao/videos/t/edicoes/v/professores-aprendem-braille-para-facilitar-ensino-para-criancas-cegas/6696464

(*) Marta Gil – Coordenadora Executiva do Amankay Instituto de Estudos e Pesquisas (www.amankay.org.br), consultora na área de Inclusão de Pessoas com Deficiência, responsável pela concepção do DISCOVERY, primeiro jogo corporativo sobre Inclusão; coordenadora do projeto “Práticas e Desafios da Educação Inclusiva“. Reconhecida como Empreendedora Social pela Ashoka Empreendedores Sociais,

Autora dos livros “Guia do Educador Inclusivo”, “A Inclusão de Trabalhadores com Deficiência na Construção Pesada”, “Caminhos da Inclusão – a trajetória da formação profissional de pessoas com deficiência no SENAI-SP”, “As cores da Inclusão – SENAI MA” e organizadora do livro “Educação Inclusiva: o que o professor tem a ver com isso ?“, USP/Fundação Telefônica/Ashoka, prêmio Imprensa Social.

https://www.facebook.com/iara.moraesgomes

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